Donald Trump assina ordem contra interferência estrangeira nas eleições dos EUA

Ordem executiva assinada pelo republicano punirá países que interferirem nas eleições nacionais com sanções como congelamento de ativos, restrição de transações cambiais e limitação do acesso a instituições financeiras; veja

Donald Trump afirmou em um comunicado que 'Os EUA não tolerarão interferência estrangeira nas eleições do país'
Foto: Reprodução/ Fox News
Donald Trump afirmou em um comunicado que 'Os EUA não tolerarão interferência estrangeira nas eleições do país'

O presidente Donald Trump assinou na quarta-feira (12) uma ordem executiva que determina a aplicação de sanções a países que tentam interferir no processo político e eleitoral dos Estados Unidos. Em um comunicado, o republicano afirmou que “como já havia mencionado, os EUA não vão tolerar nenhuma forma de interferência estrangeira nas eleições do país”.

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Após Donald Trump se posicionar sobre o assunto, o assessor de Segurança Nacional John Bolton realizou uma conferência com a imprensa local, afirmando que "os Departamentos de Estado e de Tesouro vão debater quais sanções são mais apropriadas contra países e outros atores que interferirem em eleições nacionais".

Ainda de acordo com a nota divulgada pelo presidente dos EUA, entre as sanções que poderão ser aplicadas estão o congelamento de ativos, a restrição de transações cambiais, a limitação do acesso a instituições financeiras do país, além da proibição de empresas norte-americanas de investirem em países que sofrerem sanções.

A ordem executiva entra em vigor dois meses antes das chamadas " eleições de meio mandato", com disputas por vagas legislativas em nível federal, estadual e local, assim como eleições para governos locais em 36 estados e eleições para prefeituras.

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 Inteligência americana diz que Donald Trump está sendo favorecido por hackers

Foto: Reprodução/Facebook/John Bolton
Após comunicado de Donald Trump, assessor de Segurança Nacional disse que sanções ainda serão discutidas

Analistas entrevistados pela mídia norte-americana disseram que a ordem foi uma espécie de demonstração de esforço do governo, que visa “parecer firme” com a segurança para o processo eleitoral de novembro.

Vale mencionar que o anúncio sobre a ordem executiva gerou críticas entre republicanos e democratas no Congresso. Para alguns parlamentares, a medida é considerada “insuficiente”.

Trump também foi criticado por ter assinado a ordem somente no período final das eleições e por não ter oferecido uma resposta sobre as denúncias de interferência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, supostamente para prejudicar a candidatura de Hillary Clinton, de 70 anos.

Segundo agências de inteligência dos EUA, hackers teriam sido apoiados pelo governo russo para tentar influenciar o eleitorado norte-americano contra Hillary e para favorecer o republicano.

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Em julho, depois de um encontro com o presidente russo, Vladmir Putin, o presidente norte-americano Donald Trump foi questionado por ter aceitado as declarações de Putin, que negou qualquer tipo de interferência nas eleições americanas.

*Com informações da Agência Brasil