O prefeito da Casa Pontifícia e secretário pessoal do papa emérito Bento XVI, Georg Gänswein, fez uma declaração polêmica na manhã desta terça-feira (11). Segundo ele, os escândalos de pedofilia são o "11 de setembro da Igreja Católica".
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Segundo Gänswein, no "turbilhão de notícias das últimas semanas", a Igreja "olha, repleta de desconcerto, a seu próprio 11 de setembro , ainda que essa nossa catástrofe não esteja associada a uma única data", declarou.
A declaração do porta-voz do papa emérito foi dada durante um evento na Câmara dos Deputados da Itália, em Roma, nesta terça, aniversário de 17 anos dos atentados terroristas contra as Torres Gêmeas e o Pentágono, nos Estados Unidos.
Quando a respeito do 'turbilhão de notícias' das últimas semanas, Gänswein se refere às acusações feitas recentemente contra Bento XVI e o papa Francisco , que denunciam atos de conivência dos dois líderes religiosos com casos de pedofilia.
Ambos foram acusados pelo arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, ex-núncio apostólico em Washington e membro da ala conservadora do clero. Segundo ele, a conivência dos pontífices se deu com relação aos abusos contra seminaristas cometidos pelo ex-cardeal norte-americano Theodore McCarrick.
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Gänswein, que já havia chamado a acusação de Viganò de "falsa", ressaltou, nesta terça, que Joseph Ratzinger denunciara a "gravidade do crime de pedofilia" e definira os abusos por parte de sacerdotes como um "ataque interno" contra a própria Igreja Católica .
Relembre os atentados de 11 de setembro
Os ataques suicidas contra os Estados Unidos foram coordenados pelo grupo terrorista Al-Qaeda, que jogou dois aviões contra as Torres Gêmeas e um terceiro contra o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, há exatamente 17 anos.
Uma quarta aeronave caiu em um campo aberto na Pensilvânia, após resistência de passageiros e tripulantes. Os atentados mataram três mil pessoas.
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Depois dos ataques de 11 de setembro , os norte-americanos lançaram a "Guerra ao Terror", invadindo Afeganistão e Iraque. O líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, tido como mentor dos atentados, foi morto em maio de 2011, no Paquistão.
* Com informações da Agência Ansa.