Os Estados Unidos passaram a adotar, a partir desta terça-feira (7), suas primeiras sanções contra o Irã, após a saída do governo norte-americano do acordo nuclear iraniano. Chamado de Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), o acordo estabelecia limites para o enriquecimento de urânio no país.
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Essas sanções, que já estão sendo aplicadas hoje, atingem o comércio de ouro, metais preciosos, alumínio e aço – além da venda de automóveis fabricados no Irã e transações financeiras relacionadas com o sistema ferroviário iraniano.
De acordo com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, Washington faz uma "campanha de pressão diplomática e financeira para cortar fundos que o regime usa para enriquecer e apoiar a morte e a destruição". "Temos a obrigação de exercer pressão máxima sobre a capacidade do regime de gerar e movimentar dinheiro, e vamos fazê-lo", disse ele.
Acordo com o Irã
Firmado em 2015, esse acordo foi fruto da negociação iraniano com outros cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia, além da Alemanha, o denominado P5 +1 ).
No documento original, havia um texto para o estoque de urânio enriquecido iraniano – um material utilizado na produção de combustível para reatores, e armas nucleares
– durante 15 anos.
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Na intenção de tirar os Estados Unidos do acordo, o presidente Donald Trump afirmou que ele era "o pior possível" e que não garantia que os iranianos não estivessem produzindo armas nucleares.
Imediatamente, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, reagiu, afirmando que Trump tentava fazer uma guerra psicológica e afirmou ser a favor da diplomacia e das conversas, mas que as negociações precisam ser honestas.
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“Qual o significado de falar em negociação quando você impõe sanções ao mesmo tempo?, questionou. "É um rival puxando uma faca para esfaquear o inimigo, ao mesmo tempo em que diz que quer conversar”, afirmou o presidente do Irã
.
* Com informações da Agência Brasil.