Pelo menos 31 pessoas foram mortas e outras 20 ficaram feridas depois de uma explosão na cidade de Quetta, na província de Balochistan, ocorrida nesta quarta-feira (25). O ataque, que foi classificado pelas autoridades como um atentado suicida, acontece em pleno dia de eleição no Paquistão.
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O atentado foi perto de um colégio eleitoral. Segundo as autoridades paquistanesas, as vítimas do ataque são, em sua maioria, eleitores. Porém, três policiais que acompanhavam a eleição no Paquistão também podem ter morrido.
"Um homem-bomba detonou os explosivos durante a passagem de uma caminhonete da polícia em frente a um colégio eleitoral. Entre os mortos há eleitores e pode haver também algum policial", afirmou Muhammed Ramzan, porta-voz da polícia de Quetta.
Apesar do ataque violento, as eleições gerais desta quarta-feira representam uma guinada da democracia no país. Afinal, essas são as segundas eleições paquistanesas em toda a história – depois de mais de 30 anos de governos militares no Paquistão .
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Esse pleito, porém, é marcado por dúvidas sobre a sua legitimidade. Isso porque há uma série de acusações de interferências por parte do exército, o terrorismo voltou à tona com grandes atentados e também pode-se notar a aparição na cena política de novos partidos com ideologias radicais.
O exército paquistanês negou que esteja interferindo no pleito e alegou que seu único papel é garantir a segurança da votação. Para isso, a corporação disponibilizou 370 mil soldados para evitarem distúrbios e fraudes nos colégios eleitorais no dia do pleito, o maior número da história do país.
Porém, em um dos piores ataques da história do Paquistão, pelo menos 149 pessoas morreram, no último dia 13, em um ataque suicida cometido em meio a um comício na região de Mastung. A autoria do atentado foi reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico .
Três dias antes, 22 pessoas morreram e 60 ficaram feridas em outro ataque contra a sede de um partido regional na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste do país. Neste ataque, morreu o candidato e conhecido político Haroon Bilour.
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Os principais candidatos na eleição no Paquistão são Shahbaz Sharif, líder da Liga Muçulmana do Paquistão (LMP-N), partido que acaba de finalizar um mandato, e o ex-jogador de críquete Imran Khan, do Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI). Ambos condenaram o atentado de hoje.