Protesto do grupo feminista Pussy Riot interrompeu a final da Copa do Mundo na Rússia, neste domingo
Reprodução/Twitter
Protesto do grupo feminista Pussy Riot interrompeu a final da Copa do Mundo na Rússia, neste domingo

O grupo feminista Pussy Riot reivindicou, na tarde deste domingo (15), a autoria do protesto que resultou na invasão do campo, no estádio Lujinik, onde ocorria hoje a grande final da Copa do Mundo, na Rússia – uma partida entre a seleção da França e a da Croácia

A manifestação aconteceu logo no início do segundo tempo do jogo, quando quatro pessoas vestidas como policiais saltaram no gramado pelo lado do gol francês e correram pelo menos metade do campo antes de serem retiradas pela equipe de segurança. O grupo feminista afirmou que a ação era contra a opressão do governo Putin frente à oposição.

A reivindicação do ato foi publicada nas redes sociais da organização. Na mensagem, as ativistas explicam a escolha da roupa policial: o protesto é contra a 'controversa' postura da polícia russa – que teria seguido o, chamado no Brasil, ' padrão Fifa '.

Afinal, durante a Copa, segundo a nota publicada pelo Pussy Riot , os policiais "observaram cuidadosamente" as regras de convívio e "assistiram gentilmente" às multidões nas ruas do país. Mas durante a rotina russa, ainda nas palavras do grupo, "perseguem prisioneiros políticos" e mostram "desprezo pelas regras".

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A manifestação durante a final da Copa também pedia pela libertação de presos políticos e pela existência de uma "concorrência política no país". Veja como foi a invasão, em um vídeo publicado pelos manifestantes:


Grupo feminista Pussy Riot protesta contra o governo Putin

O Pussy Riot ganhou notoriedade mundial no início desta década por organizar manifestações e performances críticas a Putin e à repressão de minorias na Rússia, especialmente contra a comunidade LGBT.

Além do governo russo, um dos principais alvos de críticas do grupo é a Igreja Ortodoxa. Manifestações do Pussy Riot envolvendo catedrais e imagens de santas já causaram enorme polêmica no país. Em 2012, integrantes do Pussy Riot chegaram a ser presas após protestar contra o presidente russo em uma igreja de Moscou.

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Neste domingo, a polícia local afirmou que três mulheres e um homem, todos integrantes do grupo feminista , foram presos por causa da invasão na final da Copa do Mundo. O presidente Vladimir Putin estava no estádio durante o protesto. 

* Com informações da Agência Ansa.

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