Andrés Manuel López Obrador, do Movimento Regeneração Nacional (Morena), de esquerda, foi eleito o novo presidente do México neste domingo (1º) . AMLO, como é conhecido pelo simpatizantes, conquistou 53% dos votos, segundo os apurações divulgadas nesta segunda-feira (2). As eleições mexicanas não têm segundo turno e o vencedor do pleito assume a presidência do país no início de 2019.
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O novo presidente do México
tomará o lugar de Enrique Peña Nieto, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que teve uma passagem conturbada pelo governo, com 69% de reprovação do povo mexicano.
Em seu primeiro discurso, Obrador prometeu fazer "mudanças profundas" e disse que não governará de nenhuma maneira de "forma arbitrária, nem com impunidade, e nem colocará em risco a economia do México".
"O Estado deixará de ser um comitê de serviço de uma minoria", afirmou o presidente eleito, o primeiro líder de esquerda do México
das últimas décadas e que conseguiu capitalizar o sentimento dos eleitores contra a corrupção no governo dos últimos anos.
Os principais adversários de Obrador, Antonio Meade e Ricardo Anaya reconheceram a derrota e parabenizaram o adversário ainda antes da início da contagem de votos. "Pelo bem do México, desejo que ele tenha o maior sucesso", disse Meade. "López Obrador venceu essa eleição. Já liguei para ele para felicitá-lo e admito minha derrota", afirmou Anaya.
Anaya ficou em segundo lugar, com 27,29% dos votos, seguido pelo economista Meade, candidato pelo governista Partido Revolucionário Institucional, com 16,61%. Na quarta posição, com apenas 6,13%, ficou o candidato independente Jaime Rodríguez, governador licenciado do estado de Nuevo León.
Quem é o novo presidente do México?
Aos 64 anos, essa é a terceira vez que López Obrador disputa a presidência do México. Ele começou a carreira política no PRI, que elegeu todos os presidentes mexicanos desde 1929, salvo dois: Vicente Fox (2000-2006) e Felipe Calderón (2006-2012), ambos do PAN. Na década de 1980, López Obrador passou para a oposição.
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AMLO perdeu por menos de um por cento as eleições de 2006, para Calderón, e não reconheceu a derrota. Ele acusou o governo da época de fraude e convocou uma multidão de simpatizantes à Praça Zócalo, na capital, onde promoveu uma cerimônia de posse como legítimo presidente do México .
* Com informações da Agência Ansa.