Marcha da Maconha reúne milhares de ativistas em São Paulo e Belo Horizonte pela legalização da maconha no Brasil
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Marcha da Maconha reúne milhares de ativistas em São Paulo e Belo Horizonte pela legalização da maconha no Brasil

O Canadá aprovou na noite de terça-feira (19) o projeto de lei que legaliza o uso recreativo da maconha em nível nacional. A descriminalização da cannabis, nome científico da maconha, passou no senado canadense com 52 votos a favor contra 29 votos contrários.

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Assim, o país se torna o segundo do mundo a legalizar a maconha – antes, o Uruguai já havia aprovado projeto parecido. Os canadenses poderão, enfim, comprar e consumir legalmente a maconha a partir de setembro. Entre os países do G20, grupo das nações mais ricas do mundo, o Canadá é o primeiro a adotar tal medida.

O projeto determina que a maconha será comercializada na internet por produtores federais licenciados. Usuários da planta poderão cultivar até quatro mudas da em casa, e adultos poderão portar até 30 gramas de cannabis em público.

Já as comidas que incluem maconha em sua receita não estarão disponíveis imediatamente, pois o governo precisará de tempo para estabelecer regulações específicas para esses produtos.

Após a aprovação da lei, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, comentou na internet sobre os lucros do tráfico de drogas, que terão outros destinos: "tem sido muito fácil para as nossas crianças comprarem maconha - e para os criminosos roubarem os lucros. Hoje, a gente muda isso. O nosso plano para legalizar e regularizar a maconha acabou de passar pelo Senado. #PromessaCumprida", escreveu.

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Remédios com canabidiol no Brasil

Enquanto isso, iniciativas semelhantes ainda engatinham no Brasil. No início de 2017, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, pela primeira vez, o registro de um medicamento à base de maconha no País . O Mevatyl é indicado para o tratamento de espasticidade – alteração no tônus muscular – relacionada à esclerose múltipla. 

À base de Cannabis Sativa , uma espécie de maconha, o remédio tem registro em 28 países, como Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Suíça e Israel. Segundo a Anvisa , ele é destinado a “pacientes adultos não responsivos a outros medicamentos antiespásticos e que demonstram melhoria clinicamente significativa dos sintomas relacionados à espasticidade durante um período inicial de tratamento com o Mevatyl”.

Estudos clínicos apontam que a ocorrência de dependência com o seu uso é improvável. O remédio à base de maconha , ainda assim, será comercializado com tarja preta, sendo necessário apresentar a prescrição médica para realizar a compra.

* Com informações da Ansa

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