O presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (29) que o segundo nome no comando da Coreia do Norte, Kim Yong-Chol, irá para Nova York para a realização de reuniões. Yong-Chol é considerado a autoridade mais importante do governo norte-coreano a visitar os Estados Unidos em um período de 18 anos.
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"Reuniremos uma grande equipe para nossas conversas com a Coreia do Norte, para reuniões sobre a cúpula e muito mais", escreveu Trump em sua conta oficial do Twitter pela manhã.
A carta de Trump a Kim Jong-un e a cúpula
O presidente dos Estados Unidos atribuiu a vinda da autoridade norte-coreana ao país à carta enviada na semana passada ao presidente Kim Jong-un, em que cancelava um encontro marcado para o mês de junho. "Resposta sólida à minha carta, obrigado", comentou na rede social. O presidente não evidenciou o horário da reunião, nem deu mais detalhes sobre o encontro.
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Ao que tudo indica, mesmo com a tentativa de cancelamento, o número 2 do regime asiático deve participar de uma reunião preparatória para a cúpula entre Trump e Kim Jong-un no dia 12 de junho, em Cingapura. Ou seja, não há confirmação de que o encontro deixará de ocorrer.
Vale mencionar que Trump cancelou o encontro no dia 24 após comentários de um funcionário da chancelaria norte-coreana, que chamou o vice-presidente Mike Pence de "manequim político".
Além disso, as dificuldades no diálogo passaram a surgir depois de testes militares feitos pela Coreia do Sul e Estados Unidos no começo deste mês, sendo ainda potencializadas por afirmações do Conselheiro de Segurança Nacional do presidente dos EUA, John Bolton, de que “o governo americano estaria olhando para a Líbia como um possível exemplo para a Coreia do Norte”.
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Os comentários de Bolton deixaram a alta cúpula norte-coreana em alerta em relação ao governo de Trump , principalmente por desconfiar que os Estados Unidos poderiam ter o objetivo de dar a Kim Jong-un o mesmo destino do ditador da Líbia, Muammar Khadafi, que foi capturado e morto por rebeldes apoiados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em 2011 após firmar um acordo oito anos antes, em que desistia de seu programa nuclear.
*Com informações da Agência Brasil