No tribunal, vítima relatou que tinha 17 anos quando foi enganada e levada para casamento arranjado no Paquistão
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No tribunal, vítima relatou que tinha 17 anos quando foi enganada e levada para casamento arranjado no Paquistão

Uma mãe que forçou sua filha adolescente a se casar com um homem mais velho no Paquistão foi sentenciada a cumprir uma pena de quatro anos e meio. De acordo com o jornal Metro , a mulher, que não teve a identidade divulgada, foi condenada na Inglaterra e no País de Gales no início desta semana por enganar a vítima e forçá-la a permanecer em um casamento arranjado, em 2016.

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No Tribunal da Coroa de Birmingham, a vítima relatou que tinha 17 anos quando foi enganada e levada para o Paquistão, para o que acreditava ser um final de semana em família.  Ela afirmou que, assim que chegou ao país, sua mãe a obrigou a se casar com um parente distante de 33 anos. “Minha mãe me forçou a assinar um contrato para selar o casamento arranjado ”, relatou.

Casamento arranjado, aborto e condenação da mãe

Ainda no dia do julgamento, a vítima disse que o homem com quem se casou foi o mesmo que tirou sua virgindade e a engravidou quando tinha 13 anos. Depois da descoberta da gravidez, a menor de idade realizou um aborto na Inglaterra, onde mora com os pais.

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O juiz Patrick Thomas expôs que esse foi o primeiro caso em que um casamento forçado foi levado ao tribunal, havendo uma pena de prisão para os acusados. “Você a enganou cruelmente. Ela estava assustada, sozinha e tendo que cumprir um contrato para colaborar com seus propósitos e objetivos. Você tentou culpá-la por tudo o que aconteceu durante esse período”, disse Thomas para a suspeita no dia do julgamento.

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A mulher foi considerada culpada por convencer a vítima a viajar ao Paquistão, escondendo dela o propósito de casamento arranjado . Após a condenação, Elaine Radway, do Serviço de Promotoria da Coroa, ressaltou que “forçar alguém a se casar, ainda mais um menor de idade, é crime e uma violação aos direitos humanos”. Além disso, afirmou que o Serviço está trabalhando com agências parceiras para identificar e processar aqueles que coagem e obrigam uma vítima a se casar contra a sua vontade.

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