Autor do ataque que deixou pelo menos dez mortos em uma escola no Texas , nessa sexta-feira (18), o adolescente Dimitrios Pagourtzis admitiu, nesse sábado (19), que não atirou nas pessoas que gostava porque queria que a sua história fosse contada por elas. A declaração do atirador foi dada em depoimento à polícia local.
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O jovem está sob custódia policial desde quando se entregou, após abrir fogo no colégio em que estudava, na tarde de ontem. O episódio ocorreu no complexo educacional Santa Fe Independent School District e o atirador usou uma espingarda e um revólver de calibre 38.
No depoimento, Dimitrios afirmou que as armas eram do seu pai – o que, segundo o registros dos equipamentos, foi confirmado. Ainda à polícia, ele admitiu que chegou a colocar explosivos espalhados pela escola, mas que, felizmente, nenhum funcionou.
No seu celular e no seu computador, os investigadores conseguiram indícios que mostraram que ele "não só queria cometer o ataque, mas também queria se suicidar". É o que disse ontem, em coletiva de imprensa, o governador do Texas, Greg Abbott. "Entregou-se e admitiu que nesse momento não tinha coragem de suicidar", afirmou o oficial.
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Motivações do atirador
De qualquer maneira, ainda há poucos indícios dos motivos que levaram Dimitrios a matar nove alunos e um professor em seu colégio. Ele não tinha antecedentes criminais, nem mesmo algum registro policial. Além disso, nunca uma arma havia sido registrada em seu nome.
"As luzes de alerta que vimos em outros ataques a tiros eram inexistentes ou muito imperceptíveis. Havia em sua página no Facebook uma camiseta que dizia 'Nascido para matar'. Esse seria, talvez, o único sinal de advertência", afirmou o governador.
Entre seus colegas, Dimitrios era visto como um estudante calado, fechado e que jogava no time de futebol – ou seja, nada que apresentasse um sinal de perigo.
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De acordo com o Daily Record , este já é o 22º tiroteio em escola , onde alguém foi morto ou ferido nos Estados Unidos por uma atirador , só neste ano.