A missão de investigação em Duma, na Síria, feita pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) foi concluída nesta sexta-feira (4). A cidade síria teria sido alvo de um ataque com substâncias tóxicas no último dia 7 de abril.
O fim do inquérito foi anunciado pelo Ministério da Defesa da Rússia, principal aliada do regime do ditador Bashar al Assad e que diz que o suposto bombardeio químico foi uma "armação" dos grupos rebeldes. "Agora esperamos que a Opaq publique um relatório com os resultados do trabalho dos especialistas", disse um porta-voz da pasta.
Moscou garante ter dado "amplo acesso" aos inspetores da entidade, que tiveram "tempo suficiente para completar sua missão". Em Duma, os especialistas visitaram dois apartamentos onde teriam sido usados agentes tóxicos, um laboratório e um depósito, além de um hospital onde estão internadas supostas vítimas.
Os inspetores da entidade vencedora do Nobel da Paz entraram na cidade apenas no dia 21 de abril, duas semanas após o suposto ataque e após acusações mútuas entre Estados Unidos e Rússia de obstrução ao trabalho dos investigadores.
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A ação em Duma teria deixado 70 mortos e motivou um bombardeio de Estados Unidos, França e Reino Unido contra alvos do regime.
Laboratório químico em Duma
NO último dia 17, um grupo de militares russos afirmou ter encontrado em Duma um laboratório usado por grupos rebeldes para a fabricação de armas químicas. "Um laboratório químico e um deposito com substâncias químicas foram encontrados durante uma inspeção a Duma", disse Alexander Rodionov, um porta-voz do grupo radiológico, químico e biológico na Síria, à TV "Rossiya-24".
"Durante a investigação, os especialistas descobriram substâncias químicas proibidas e encontraram um recipiente de cloro parecido com o usado pela milícia para encenar um ataque químico falso", acrescentou Rodionov, segundo a Interfax.
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De acordo com o porta-voz russo, é possível concluir que este laboratório é usado por grupos armados ilegais para criarem produtos tóxicos". A equipe de inspetores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) também investigou a denúncia.
* Com informações da Agência Brasil