Mais quatro palestinos morreram nesta sexta-feira (20) em confronto com tropas israelenses na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel. Desde o início da “Marcha do Retorno”, que já dura quatro semanas, 35 palestinos foram mortos.
Os manifestantes da Faixa de Gaza ignoraram o aviso dos panfletos deixados pelos militares israelenses alertando-os para que não se aproximassem da fronteira. No entanto, os palestinos usaram catapultas e estilingues para jogar pedras nas forças israelenses, além de usarem alguns cortadores de arame para atravessar a cerca da fronteira.
Autoridades de saúde da Palestina afirmaram que as mortes desta sexta-feira (20) incluem um menino de 15 anos morto a tiros no norte de Gaza e pelo menos 100 pessoas foram feridas por tiros.
Segundo o grupo terrorista Hamas, um grande protesto está previsto para o dia 15 de maio. "Eu digo ao nosso povo em todos os lugares, esteja preparado para um dilúvio humano em todas as fronteiras da Palestina, dentro da terra ocupada e fora da terra ocupada", disse um líder do grupo. "Eu digo aos ocupantes israelenses que seu tempo acabou."
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Também nesta sexta-feira (20), o Ministério das Relações Exteriores de Israel twittou uma foto de uma pipa pintada com uma suástica voando pelo céu arrastando chamas, que teria sido lançada pelos manifestantes.
Protestos
Os protestos em Gaza foram convocados pelo grupo terrorista Hamas contra o bloqueio fronteiriço e acontece em um momento de tensão no Oriente Médio, após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.
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A manifestação chamada “Marcha do Retorno” teve início no último dia 30 e ainda deve durar mais quatro semanas. Trata-se de um ato contrário à ocupação israelense na região e, apesar de ter sido organizada oficialmente pela sociedade civil, tem apoio do Hamas, movimento islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza. O objetivo de milhares de palestinos é chegar à fronteira com Israel para chamar atenção à “luta de centenas de milhares de palestinos que têm sido expulsos de seus lares que ficam onde hoje está Israel”.