O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que vai se encontrar com o líder norte-coreano Kim Jong-un nas próximas semanas. Entretanto, nessa quarta-feira (18), o magnata ameaçou “abandonar as negociações se não fossem proveitosas”.
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"Como já sabem, vou me encontrar com Kim Jong-un nas próximas semanas para discutir a desnuclearização da península coreana, e espero que seja um grande sucesso para todos. Estamos muito ansiosos para isso", afirmou. "Porém, se o encontro não se mostrar proveitoso, deixarei o local respeitosamente para dar continuidade ao que estamos fazendo", declarou Trump à imprensa norte-americana, em coletiva concedida em sua propriedade em Mar-a-Lago, na Flórida.
A reunião entre os dois líderes será histórica. Afinal, nunca houve uma cúpula entre um presidente dos Estados Unidos e um líder norte-coreano – embora Bill Clinton tenha chegado perto de encontrar o pai de Jong-un, Kim Jong-il, no final dos anos 2000.
Na última terça-feira (17), Trump confirmou que o diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), Mike Pompeo, estava na Coréia do Norte para se encontrar com Kim. De acordo com o The Guardian , a missão, que aconteceu pouco depois da nomeação de Pompeo como secretário de Estado, foi o encontro mais significativo entre os dois países desde 2000, quando Madeleine Albright conheceu Kim Jong-il, em Pyongyang.
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Durante uma conferência conjunta com o primeiro-ministro japonês, Shinzō Abe, Trump afirmou: “nós nunca estivemos em uma posição como esta com esse regime, seja pai, avô ou filho, e espero tirar bons resultados disso. Se não acharmos que o encontro será bem sucedido, não o faremos. Se eu achar que não colheremos bons frutos, simplesmente não iremos”.
Trump também alegou que os EUA estão "lutando com muita diligência" para obter a liberdade para três norte-americanos detidos na Coréia do Norte. Segundo ele, o diálogo com os norte-coreanos está indo bem, e aparentemente com grandes chances de libertação.
Pressão máxima mantida pelos Estados Unidos
Em meio às alegações feitas pelo presidente dos EUA, Abe assegurou que "não deveria haver 'recompensa' à Coréia do Norte só porque o país isolacionista estava respondendo ao diálogo sobre o desenvolvimento de armas nucleares, acrescentando que 'a pressão máxima deve ser mantida'".
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Donald Trump concluiu o evento afirmando ter prometido a Abe que o ajudaria a devolver os prisioneiros japoneses mantidos pelo regime, já que eles eram “uma das coisas mais importantes para Shinzō, que deseja ver essas famílias reunidas o mais rápido possível”.