O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou neste domingo (15) que os Estados Unidos, o Reino Unido e a França promoveram uma "campanha de falácias e mentiras" junto ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Assad disse, durante reunião com parlamentares russos, que o bombardeio promovido por Donald Trump e seus aliados na última sexta-feira (13) representou uma "agressão" à soberania da Síria e foi baseado em "desinformação".
O ataque que teve como alvos três centros supostamente utilizados para o desenvolvimento de armas químicas foi uma retaliação de potências do Ocidente ao bombardeio ocorrido na semana passada na cidade de Duma, que deixou dezenas de mortos. Trump e seus aliados acusam o regime de Assad de ter utilizado armas químicas nesse ataque, acusação que Damasco tem rechaçado reiteradas vezes.
De acordo com a agência Sputnik News , o presidente sírio avaliou positivamente as armas russas utilizadas para interceptar parte dos mísseis lançados pelos EUA, Reino Unido e França. O deputado russo Sergei Zheleznyak disse que, na avaliação de Assad, o sistema de defesa sírio (equipado com armas russas) mostrou "superioridade sobre as armas dos agressores".
"Os sistemas de defesa aérea sírios mostraram sua eficiência e o povo não teme mais os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)", corroborou o deputado russo Dmitry Sablin.
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Putin prenuncia "caos internacional"
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder iraniano, Hassan Rohani, aliados do regime de Bashar al-Assad, disseram neste domingo (15) que eventuais novos bombardeios do Ocidente à Síria representariam "uma ação ilegal" com impactos negativos nas relações internacionais. A conversa realizada durante telefonema entre os dois líderes foi divulgada pelo Kremlin à agência Tass .
Putin ressaltou que, "se essas ações que violam os estatutos da ONU continuarem acontecendo, inevitavelmente levarão ao caos internacional".
Segundo a imprensa russa, os dois presidentes ainda concordaram que os ataques realizados pelos Estados Unidos, França e Reino Unido estragaram as chances de se fazer um acordo político para a crise no território da Síria .
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*Com informações e reportagem da Ansa