Em seu Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, elogiou, neste sábado (14), o lançamento de mísseis à Síria. O ataque foi realizado na sexta-feira (13) em represália ao suposto uso de armas químicas , proibidas pela ONU, que teria sido comandado pelo ditador sírio Bashar al-Assad.
Trump também agradeceu a “sabedoria” com que o ataque foi feito, e o poder militar de seus aliados, França e Reino Unido, que também participaram da ação.
“Um ataque perfeitamente executado na noite passada. Obrigado à França e ao Reino Unido por sua sabedoria e pelo poder de seus excelentes exércitos. Não poderia haver resultado melhor. Missão cumprida!", escreveu ele.
Em outra postagem, o republicano ainda disse: “Estou muito orgulhoso do nosso exército que será, depois de investidos bilhões de dólares aprovados, o melhor que o nosso país já teve. Não haverá nada, ou ninguém, sequer próximo!”
Alvo do Pentágono é o Estado Islâmico
Em entrevista coletiva declarada por porta-vozes do Departamento de Defesa dos EUA, os ataques atingiram todos os alvos, que tinham como objetivo impedir o uso futuro de armas químicas.
Segundo o tenente-geral Kenneth F. McKenzie, os ataques foram precisos, esmagadores e eficazes.
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Ataque
O ataque aéreo foi feito por uma força conjunta entre Estados Unidos, França e Reino Unido. O bombardeamento aconteceu em retaliação ao ataque químico contra civis feito pelo governo sírio, comandado por Bashar al-Assad em abril.
Mas, de acordo com o regime sírio, não foi feito nenhum uso de armas químicas, que são proibidas por convenções da ONU. A Rússia, aliada da Síria na guerra, afirma que há provas de que as imagens do suposto ataque químico em Duma são uma encenação .
As forças aéreas e marinhas dos três países lançaram os primeiros ataques às 22h, no mesmo momento em que o presidente norte-americano fazia um pronunciamento anunciando o ataque.
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Antes da coletiva, o Pentágono informou que três alvos foram atingidos pelo ataque: um centro de pesquisa e produção de armas químicas e biológicas em Damasco, um armazém de armas químicas em Homs e uma base militar também em Homs.
"Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad", disse o presidente Donald Trump em seu depoimento na Casa Branca após o ataque.
O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou o bombardeio e disse que "arsenais químicos clandestinos" seriam os alvos da operação. A primeira ministra britânica, Theresa May, também deu uma declaração oficial. "As forças militares britânicas foram autorizadas a conduzir ataques coordenados com o intuito de diminuir o número de armas químicas do regime sírio", disse.
Porém, a rede de televisão estatal Syria TV informou que a força aérea da nação sírio conseguiu derrubar 13 mísseis lançados pelo países ocidentais nos subúrbios de Damasco. Ainda de acordo com a estatal, 110 mísseis foram atirados contra o território sírio, mas a maioria deles foi interceptada.
"Agressão contra Estado soberano", diz Putin
Em resposta ao ataque dos Estados Unidos e seus aliados contra a Síria , o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que o ato foi uma “agressão contra o Estado soberano”, e ainda acusou Washington de ajudar com sua ação os terroristas que atuam no país árabe.
"Com as suas ações, os EUA pioram ainda mais a catástrofe humanitária na Síria. Eles levam sofrimento para a população civil, e de fato, toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio", declarou Putin , em comunicado divulgado pelo Kremlin.
Além disso, Putin e outras autoridades solicitaram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que fosse marcada uma reunião de emergência. O encontro deve acontecer ainda neste sábado de acordo com a organização.
Primeiro ataque
Há um ano, os Estados Unidos de Trump fizeram, pela primeira vez, um ataque à Síria. Entenda o que o conflito entre as duas nações gerou e como a situação chegou ao momento atual.