Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a 24 anos de prisão por corrupção
Justiça entendeu que Park Geun-hye, 66 anos, e sua amiga Choi Soon-sil, 61, conhecida como "Rasputina", desenvolveram e executaram esquema com o objetivo de extorquir dinheiro de empresas como a Hyundai e a Samsung
Por iG São Paulo |
A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, foi condenada a 24 anos de prisão por uma corte do Seul, nessa sexta-feira (6). De acordo com o júri, Park é culpada por 16 das 18 acusações de abuso de poder, como suborno e coerção acerca do caso “Rasputina”, que culminou sua cassação em janeiro do ano passado.
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A sentença, transmitida ao vivo em redes televisivas locais definiu que a ex-presidente da Coreia do Sul , 66 anos, e sua amiga Choi Soon-sil, 61, conhecida como "Rasputina", desenvolveram e executaram um esquema com o objetivo de extorquir dinheiro de empresas como a Hyundai e a Samsung.
“Rasputina” e impeachment da ex-presidente da Coreia do Sul
"A presidente abusou do poder que foi dado a ela pelos cidadãos", disse o juiz, acrescentando que uma sentença rigorosa se faz necessária para ‘dar um recado’ aos futuros líderes do país. Informações da CNN apontaram que durante o julgamento, promotores pediram que a sentença fosse aumentada para 30 anos.
Park também foi condenada ao pagamento de uma multa de US$ 17 milhões, o que equivale a R$ 56 milhões. Ela não estava presente no Tribunal Distrital Central de Seul para ouvir o veredito. A ex-presidente e seus advogados se recusaram a participar devido a decisão do júri de televisionar a sentença.
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Fora do tribunal, apoiadores de Park se reuniram para assistir o julgamento, pedindo a libertação da filha do ex-ditador Park Chung-hee. Os sul-coreanos mais velhos e conservadores, dizem se lembrar de Chung-hee e do período de força que o país viveu, o que os motivaram a formar uma base eleitoral para Park.
Sendo a primeira mulher presidente da Coréia do Sul, Geun-hye foi presa em março de 2017 pouco depois de ter sido destituída de seu cargo pelo Tribunal Constitucional do país, que confirmou a votação parlamentar, ocorrida após a manifestação dos sul-coreanos, que pediram por sua saída devido ao caso “Rasputina”.
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Já Choi, que não ocupou nenhum cargo oficial, foi acusada de usar sua influência sobre a ex-presidente da Coreia do Sul para controlar e arrecadar milhões de dólares de grandes empresas. Em fevereiro deste ano, ela foi condenada a 20 anos de prisão por 18 acusações, incluindo abuso de poder, fraude e suborno, e multada em US$ 16,6 milhões, ou R$ 53 milhões.