"Eu tenho um sonho": há 50 anos, Martin Luther King Jr. era assassinado nos EUA
King tinha 39 anos quando foi baleado na sacada de um quarto de hotel no estado americano do Tennessee; legado deixado pelo pastor e ativista sobrevive nos dias atuais nos Estados Unidos e em diversos países do mundo
Por iG São Paulo | * |
Nesta quarta-feira (4), a morte do pastor e ativista norte-americano Martin Luther King Jr. completa 50 anos. Originário de Atlanta, Estados Unidos, foi e continua sendo um dos maiores símbolos na luta pela igualdade de direitos civis para negros e brancos no país. Tendo reivindicado coisas como o direito ao voto e acesso dos negros ao mercado de trabalho, ficou conhecido após seu famoso discurso “Eu tenho um sonho”, assistido por 250 mil pessoas durante uma manifestação em Washington.
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A morte de Martin Luther King é cercada por muitas especulações, sendo a conspiração entre o governo americano, policiais e mafiosos uma das hipóteses mais discutidas e levantadas por seguidores e pela família do ativista acerca de seu assassinato, concretizado em 1968. Considerado culpado pela morte de King, o supremacista branco James Earl Jay foi condenado, vindo a falecer na Penitenciária Estadual do Missouri aos 70 anos de idade, em 1998.
King tinha 39 anos quando foi atingido com um tiro na sacada de um quarto de hotel no estado americano do Tennessee. O assassinato provocou protestos em mais de 100 cidades dos EUA, terminando com um grande conflito entre manifestantes e oficiais, e na morte de 40 pessoas.
Vida e legado de Martin Luther King Jr.
Filho de Martin Luther King Sr. e de Alberta Williams King, Martin nasceu no dia 15 de janeiro de 1929, em Atlanta. Devido à criação de forte base religiosa, decidiu seguir os passos de seu pai e avô, tornando-se pastor da igreja batista, assim como eles.
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Formado em sociologia pela Morehouse College em 1948, estudou no Seminário Teológico Crozer em 1951, e fez doutorado na Universidade de Boston, onde conheceu a esposa Coretta Scott King, com quem teve quatro filhos.
Vivendo fortemente o segregacionismo racial no Estado da Geórgia, começou a lutar pelo que acreditava promovendo grandes boicotes como o de 1955 aos ônibus de Montgomery, em que Rosa Parks, uma mulher negra, foi presa por se negar a ceder seu lugar no ônibus a uma mulher branca.
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Ajudando a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), utilizou métodos de não violência e desobediência civil, juntamente a suas crenças cristãs. Tais táticas, e o combate à desigualdade racial de forma pacifista, o levaram a receber o Prêmio Nobel da Paz em 14 de outubro de 1964. Posteriormente, foi homenageado com a Medalha Presidencial da Liberdade e Medalha de Ouro do Congresso em 1977 e 2004. Em sua memória, foi criado o Dia de Martin Luther King Jr., feriado federal estadunidense que ocorre na terceira segunda-feira de janeiro, para celebrar os sonhos e os ensinamentos deixaos pelo pastor e ativista.
*Com informações da ANSA