Mulher em liberdade provisória é presa por votar nas eleições presidenciais
Crystal Mason, de 43 anos, acredita que está sendo acusada porque votou na candidata democrata Hillary Clinton, que perdeu as eleições presidenciais
Por iG São Paulo |
A americana Crystal Mason, de 43 anos, foi condenada a cinco anos de prisão após votar nas eleições de 2016 enquanto estava inelegível. De acordo com o The Guardian
, a mulher não podia votar porque estava em liberdade provisória após cumprir três anos, em regime fechado, de sua condenação a cinco anos por fraudar o governo federal.
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Mason foi presa no Texas em 2011, e três anos depois, foi liberada da prisão após pagar mais de quatro milhões de dólares (cerca de R$ 14 milhões). Desde então, ela esteve em liberdade provisória e não poderia votar nas eleições. A mulher, contudo, não sabia desta restrição, e encorajada pela mãe, tentou participar do pleito em novembro de 2016.
Ela só conseguiu votar após assinar um termo em que declarava não ser autora de nenhum crime, e por mais que os promotores do caso aleguem que tal assinatura comprova que Mason tinha a intenção de votar ilegalmente , a mulher contesta essa versão: a acusada e seu advogado explicaram que ela só assinou o documento pois foi orientada por um dos funcionários que trabalhavam na eleição.
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Mason votou em Hillary Clinton e acredita que ter escolhido a candidata democrata, no lugar do republicano Donald Trump, foi o motivo para ser acusada de votar ilegalmente. Ela e seu advogado planejam recorrer da decisão da justiça.
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Prisão semelhante no Texas
A situação da mulher é muito parecida com a de Rose Ortega, também do Texas, que foi condenada a oito anos de detenção por votar ilegalmente em várias eleições. Ortega não era considerada uma cidadã americana, porém, acredita que ter um visto de residência permanente era o suficiente para poder participar dos pleitos.
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Os crimes não chamam a atenção pela infração em si: de acordo com o Washington Post , 38 pessoas foram investigadas no Texas por votar de forma ilegal entre 2005 e 2017, porém, apenas uma foi condenada a mais de três anos de prisão . Tudo mudou em 2015, quando o procurador geral Ken Paxton decidiu usar Ortega como exemplo, pois “a integridade das eleições é essencial para a democracia e principal prioridade da administração”, explicou.