Decisão de Trump sobre Jerusalém aumentou a tensão entre palestinos e israelenses e motivou atos na Faixa de Gaza
Mohammed Salem
Decisão de Trump sobre Jerusalém aumentou a tensão entre palestinos e israelenses e motivou atos na Faixa de Gaza

O número de palestinos mortos em um conflito na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel,  nesta sexta-feira (30), subiu para 12. Segunda as últimas atualizações da agência palestina Maan, citando o Ministério da Saúde local, além dos 12 mortos, mais de 1.000 pessoas estão feridas.

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O confronto com o exército israelense na Faixa de Gaza se deve a série de manifestações chamada "Marcha do Retorno", que ocorre há seis semanas. Os protestos, convocados pelo grupo terrorista palestino Hamas, têm como objetivo repudiar a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

As forças de segurança de Israel tentam dispersar os milhares de palestinos que se reuniram em aproximadamente cinco acampamentos e estão queimando pneus e atirando pedras. Eles tentam danificar a cerca que divide os dois territórios.

Nesta manhã, um agricultor identificado por Omar Samur, de 27 anos, foi morto antes dos atos após se aproximar do cercado. "As tropas estão respondendo com métodos de dispersão e atirando contra os principais instigadores", disse o Exército em comunicado.

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De acordo com o governo, a atitude do "Hamas põe em perigo a vida de civis e usá-los para fins terroristas está a cargo de desordem violenta". O Exército israelense ainda enfatiza ver com "extrema severidade qualquer tentativa de romper a soberania israelense ou danificar a barreira defensiva".

Em sua conta no Twitter, o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, alertou que "todos os palestinos de Gaza se aproximando da cerca de segurança com Israel colocarão suas vidas em risco".

Os confrontos perto da fronteira que divide Gaza de Israel ocorrem na data simbólica conhecida como o "Dia da Terra", celebração realizado todo dia 30 de março em memória de seis árabes israelenses que morreram durante uma manifestação em 1976.

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Conflitos

Os protestos na Faixa de Gaza vêm ocorrendo diariamente desde o anúncio de Trump. Israel considera Jerusalém como sua capital eterna e indivisível e quer todas as embaixadas na cidade. Os palestinos querem a capital de um futuro Estado independente no setor oriental de Jerusalém, que os israelenses capturaram na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexaram, numa ação jamais reconhecida internacionalmente.

* Com informações da Ansa

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