Na presença de autoridades de toda a América Latina, o empresário Sebastián Piñera, de 68 anos, assume a presidência do Chile neste domingo (11), no mandato que vai até 2022. Ele venceu as eleições presidenciais em dezembro do ano passado, no segundo turno, e agora substitui a socialista Michelle Bachelet.
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Piñera já foi presidente entre 2010 e 2014. Com seu retorno, encerram-se os 20 anos de governos de centro-esquerda no país, já que possui um direcionamento mais conservador. Durante a campanha eleitoral do ano passado, o empresário prometeu trazer "eficiência na gestão", "uma reforma econômica", além de afirmar que irá "posicionar o Chile no caminho do crescimento e do progresso", discurso, aliás, bastante semelhante ao que usou para vencer as eleições de 2009.
Apesar disso, o presidente chileno promete "ser bastante diferente do que no primeiro mandato", sendo agora "mais experiente e sossegado".
A cerimônia de posse neste domingo é realizada na cidade de Valparaíso e conta com a presença dos chefes de Estado de toda a América Latina, entre eles o presidente do Brasil, Michel Temer, e o chanceler brasileiro Aloysio Nunes.
Quem é Piñera
Sebastián Piñera é empresário, formado em Economia pela Universidade Católica do Chile. É proprietário do canal de televisão "Chilevisión" e possui 26% do Grupo Lan Airlines, que é grande acionista da empresa de logística aérea brasileira ABSA, sediada em Campinas (SP). Piñera ainda detém 13,77% da sociedade Blanco Y Negro, controladora do Colo-Colo, um dos principais times de futebol do país.
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Além de presidente entre 2010 e 2014, ele já foi senador entre os anos 1990 e 1998.
Parceiro comercial
Em ocasião da posse de Piñera, o Itamaraty emitiu uma nota hoje, destacando a importância econômica que o Chile representa ao País, já que o Brasil é o principal destino dos investimentos chilenos, com estoque de US$ 31 bilhões. Os países são parceiros comerciais da América do Sul e, em 2015, assinaram o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e, atualmente, negociam acordos de compras governamentais e de serviços financeiros.
Ainda de acordo com o comunicado, o governo chuleno é o segundo parceiro comercial do Brasil na região, mantendo um intercâmbio comercial da ordem de US$ 8,5 bilhões, em 2017.
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“ Brasil e Chile compartilham valores fundamentais como a promoção da democracia e a defesa dos direitos humanos. Os dois países também estão engajados no processo de aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico”, afirma a nota. “O governo brasileiro reitera sua disposição em trabalhar com o novo governo chileno em favor do fortalecimento da relação bilateral e do aprofundamento da integração regional”, diz o texto.
*Com informações da Agência Brasil