O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , anunciou um novo pacote de sanções contra a Coreia do Norte , nesta sexta-feira (23). As medidas têm o intuito de isolar ainda mais o regime de Pyongyang.
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"Estamos lançando o maior pacote de sanções contra a Coreia do Norte até agora", disse Donald Trump. A declaração do presidente dos Estados Unidos foi feita durante um discurso inflamado na Convenção de Conservadores.
De acordo com Trump, tais medidas vão afetar cerca de 55 companhias de navegação marítima e empresas comerciais. Todas elas são acusadas pelos norte-americanos de ajudarem o regime da norte-coreano ou de burlarem as atuais sanções contra o país comandado por Kim Jong-un
.
"As sanções atingem um indivíduo, 27 entidades e 28 navios localizados ou registrados na Coreia do Norte, China, Cingapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzânia, Panamá e Ilhas Comores", informou, em uma nota, o Departamento do Tesouro, logo após ao anúncio do republicano.
Muro mexicano e segurança nas escolas
Aproveitando a oportunidade, Trump mencionou neste mesmo discurso alguns dos seus polêmicos projetos, como o muro na fronteira com o México , e a proposta recente de capacitar e armar professores para reagirem em casos de tiroteio ou massacre nas escolas do país.
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"Quando declaramos nossas escolas como zonas livres de armas, colocamos nossos estudantes em um perigo maior. Professores e assistentes bem-treinados poderiam ser capazes de carregar armas escondidas", comentou.
A questão da posse de arma no país voltou à pauta mundial depois que ex-aluno invadiu uma escola na Flórida, na semana passada, disparando tiros de um fuzil contra os alunos e deixando 17 mortos, além de outros 14 feridos.
Desde então, uma série de protestos e manifestações tem acontecido no país, a fim de exigir mudanças nas regras sobre armas no país. Outras propostas se referem à proibição de um dispositivo que deixa as armas mais letais e o aumento da idade de 18 para 21 como requisito para comprar armas de fogo.
Trump chegou a comentar que tais regras seriam minimamente alteradas, exigindo uma maior fiscalização a respeito do histórico criminal dos compradores de armas.
Por fim, Trump voltou seu discurso à questão dos imigrantes: "Não se preocupem. Terá o muro", disse o republicano, referindo-se a uma de suas principais campanhas eleitorais.
O público aplaudiu Donald Trump, entoando um coro de "build the wall, build the wall" (em português, "construa o muro"). O presidente também garantiu que seguirá com sua proposta de reforma das leis imigratórias. "Os outros países não estão mandando o melhor", alfinetou o líder dos Estados Unidos.
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* Com informações da Agência Ansa.