Os Estados Unidos assistiram a mais uma tragédia em colégios do país nesta terça-feira (23), depois que um estudante de 15 anos disparou contra colegas e professores, em uma escola rural de Kentucky, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras 19. Crime que vem se tornando cada vez mais comum, este é o primeiro tiroteio em escola de 2018 no país.
Segundo informações do Los Angeles Time s, o adolescente entrou no colégio e disparou aleatoriamente contra as pessoas. Uma menina morreu no local, enquanto a outra vítima fatal, um garoto, morreu após ser levado ao hospital. O tiroteio em escola de Benton, cidade de apenas 4,5 mil pessoas, também deixou 19 pessoas feridas, sendo que 14 apresentaram ferimentos de balas.
O suspeito do crime foi detido pela polícia, que não acredita haver outros envolvidos. Agora, ele deverá responder por assassinato e tentativa de assassinato, segundo informou a polícia local.
Cinco dos feridos foram encaminhados para o Hospital Universitário Nashville's Vanderbilt, próximo da cidade onde foi realizado o ataque.
Cenas de terror
Logo após os disparos, centenas de alunos foram vistos correndo desesperados para fora da escola Marshall County High School, tentando se salvar. Muitos acabaram pulando em frente aos carros que passavam na rua, além de correrem por uma rodovia próxima. Para se ter ideia, dezenas deles só pararam de correr quando chegaram a um restaurante do McDonald's, que fica a mais de uma 1,5 km de distância.
"Eles estavam correndo e chorando e gritando", contou o americano Mitchell Garland, que forneceu abrigo para cerca de 100 alunos dentro do estabelecimento comercial de que é proprietário. "São apenas crianças correndo pela estrada. Eles estavam tentando fugir", pontua.
O ataque de hoje marca o primeiro tiroteio em escola do ano nos EUA, de acordo com dados compilados pelo Gun Violence Archive.
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Marshall County High School fica a cerca de 30 minutos da escola Heath High School, na cidade de Paducah, onde um tiroteio em massa, em 1997, matou três e feriu cinco pessoas. Na época, Michael Carneal, então com 14 anos, abriu fogo contra as vítimas, dois anos antes do ataque fatal na Columbine High School, no Colorado, inaugurando uma era em que os tiroteios em colégios americanos se tornaram muito mais comuns no país.