“Eu sou a pessoa menos racista que vocês já entrevistaram”, disse Trump aos jornalistas
Reprodução/CNN
“Eu sou a pessoa menos racista que vocês já entrevistaram”, disse Trump aos jornalistas

Após declarar, segundo relatos da imprensa estadunidense, que o Haiti, El Salvador e países africanas são “ buracos de merda ”, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, negou ser racista.

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A entrevista foi concedida neste domingo (14) em um clube de golfe na Flórida que pertence ao presidente republicano. “Eu sou a pessoa menos racista que vocês já entrevistaram”, disse Trump aos jornalistas.

O magnata também afirmou estar disposto a costurar um acordo com o Partido Democrata, que faz oposição ao seu governo, para manter parte do programa “Dreamers”, que oferece apoio e proteção jurídica a crianças e adolescentes que chegaram ilegalmente aos Estados Unidos.

A ideia foi gestada nos anos em que Obama esteve à frente da Casa Branca e atende a cerca de 800 mil jovens. Recentemente, Trump havia mostrado inclinação em cancelar o programa, e, sobre as negociações de uma saída com o Partido Democrata, disse que a possibilidade estava “praticamente morta”.

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Teria sido, inclusive, numa reunião a portas fechadas com líderes republicanos e democratas que Trump questionou “porque todas essas pessoas desses buracos de merda vêm parar aqui?”. Segundo relatos de congressistas e jornalistas presentes na reunião, ele se referia aos imigrantes haitianos, salvadorenhos e africanos.

O presidente, contudo, embora admita ter usado “linguagem dura” na reunião, nega ter empregado a expressão “buracos de merda” em sua palestra. No Twitter, onde costuma defender suas ideias e comentar o cenário político, o presidente reafirmou a necessidade de um muro entre os EUA e o México e justificou sua preocupação: “quero deter a entrada em massa de drogas”.

Também neste fim de semana, Ivana Trump , ex-mulher do mandatário estadunidense, disse em entrevista ao canal britânico ITV que Trump “não é racista”. “As vezes ele fala coisas que são tolas ou que ele não quer realmente dizê-las, mas definitivamente não é racista”, argumentou Ivana.

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