O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes, informou, neste sábado (6), por meio da sua conta no Twitter, que o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, de 31 anos, preso há mais de uma semana no estado de Vargas, foi expulso da Venezuela. O ministro não deu mais informações sobre o caso.
O incidente envolvendo o brasileiro Jonatan Moisés Diniz foi encerrado, com sua expulsão da Venezuela.
— Aloysio Nunes (@Aloysio_Nunes) 6 de janeiro de 2018
Na sexta-feira (5), o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela havia confirmado ao Itamaraty que o brasileiro “encontra-se em bom estado de saúde, detido em instalação de órgão de segurança local” .
Acusações
Catarinense, Jonatan Diniz foi detido no dia 28 de dezembro pelas forças de segurança venezuelanas, no estado de Vargas. Segundo a agência oficial de notícias do governo, ele é acusado de manter atividades desestabilizadoras contra o regime de Nicolás Maduro.
O anúncio da prisão foi feito pelo parlamentar socialista Diosdado Cabello no programa que dirige no canal estatal VTV. Além de Jonatan , foram presos outros três venezuelanos. Eles fariam parte da Organização Não Governamental Time to Change the Earth (“tempo de mudar a Terra”, na tradução em português).
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Para o governo, a entidade seria uma “organização criminosa com tentáculos internacionais”, que distribuiria alimentos e bens a moradores de rua com o objetivo de obter recursos em moeda nacional com vistas a promover ações contra o governo.
Doações e críticas
Em seu perfil no Facebook, Jonatan Diniz publicou diversos pedidos de doações para a organização, que seriam revertidas para ações de caridade a crianças de baixa renda. O catarinense morava nos Estados Unidos, mas viajava à ao país venezuelano para essas iniciativas. Antes, residiu alguns meses em Quito, no Equador, e autuou com a produção de vídeos para um canal no YouTube.
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Em uma publicação de 19 de junho, Diniz critica o governo Maduro . “A Venezuela chega a seu dia número 80 de luta nas ruas contra a ditadura. O governo, ao invés de comprar medicamentos para seu povo morrendo nos hospitais e de fome pelas ruas, acaba de gastar mais dinheiro em tanques de guerra para usar contra seu próprio povo que luta por sua liberdade”, comentou.