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Outras 13 pessoas ficaram ferida após explosão no enterro do ex-chefe do distrito de Haska Meena; país afegão tem sido alvo constante dos terroristas

Só na última semana deste mês, o Afeganistão foi alvo de três atentados terroristas que deixou 63 mortos no total
Reprodução
Só na última semana deste mês, o Afeganistão foi alvo de três atentados terroristas que deixou 63 mortos no total

Um homem-bomba matou ao menos 17 pessoas em um funeral na cidade de Jalalabad, na província afegã de Nangarhar, neste domingo (31). Segundo as autoridades sanitárias do Afeganistão, há pelo menos outras 13 pessoas feridas.

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De acordo com a polícia, o atentado no Afeganistão ocorreu durante o enterro do ex-chefe do distrito de Haska Meena, no cemitério Muqam Khan. O porta-voz do governo provincial, Attaullah Khogyani, informou que o homem se misturou com as pessoas que assistiam ao funeral e ativou os explosivos. Até agora, nenhum grupo terrorista assumiu a autoria da ação.

Atentados constantes

Na última quinta-feira (28) pelo menos 40 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas após um ataque suicida ocorrido em um centro cultural xiita de Cabul. A autoria do atentado foi reivindicada pelo grupo terrorista Estado Islâmico.

"O alvo do ataque era o centro cultural Tabayan. Uma cerimônia acontecia para recordar o 38º aniversário da invasão soviética do país afegão no momento da explosão", afirmou o porta-voz adjunto do ministério do Interior, Nasrat Rahimi. O imóvel atingido pelo  Estado Islâmico  fica em Qala-e-Nazer, na região oeste da capital afegã.

Nessa explosão, a maioria das vítimas é composta por estudantes que participavam de um debate no local. As autoridades afirmam ainda que a explosão foi seguida por outras duas, menos potentes, que não deixaram vítimas.

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Agência de notícias é atingida

O atentado de quinta-feira atingiu também a sede da Agência Voz Afegã, um meio de comunicação localizado próximo ao centro cultural. Há suspeitas de que a agência de notícias fosse alvo do ataque também.

Segundo o diretor da Voz Afegã, Sayed Hasan Hussaini, no momento do ataque às instalações, uma reunião de estudantes estava em andamento. De acordo com a imprensa local, além de jornalistas, entre as vítimas também há mulheres e crianças.

Segundo a CNN, antes dos extremistas islâmicos assumirem a autoria do  atentado terrorista , o porta voz do grupo Talibã, Zabiullah Mojahid, negou qualquer responsabilidade deles no ataque.

Por sua vez, o presidente do país afegão, Ashraf Ghani, afirmou que o ataque foi um "crime contra a humanidade". "O terrorismo matou nosso povo. Terroristas atacaram nossas mesquitas, nossos lugares santos e agora nosso centro cultural", declarou.

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Para ele, os ataques são contra o islã e "todos os valores humanos". O ataque do Estado Islâmico na Afeganistão aconteceu três dias depois de um atentado suicida perto da sede da agência de inteligência afegã na capital que deixou seis mortos. 

* Com informações da Agência Ansa