O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) aprovou, por unanimidade nesta sexta-feira (22), novas sanções contra a Coreia do Norte por conta de seu programa nuclear e balístico . As medidas incluem um limite às importações de petróleo refinado pelo país asiático e obrigam todos os norte-coreanos que trabalham em expedições marítimas a voltar para casa dentro de 12 meses.
O texto não prevê ações mais duras que eram buscadas pelos Estados Unidos, como a proibição total à importação de petróleo e o congelamento de todos os ativos internacionais do governo da Coreia do Norte e de seu líder, Kim Jong-un.
As sanções são uma resposta ao lançamento de um míssil intercontinental realizado no fim de novembro. “Quanto mais ela nos desafiar, mais nós a puniremos", declarou a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley.
Míssil intercontinental
O governo norte-coreano divulgou que o míssil lançado em novembro pode atingir qualquer parte do território dos Estados Unidos . Em um anúncio especial na TV estatal, o regime informou que o teste realizado com o míssil balístico intercontinental foi bem-sucedido e que o “Hwasong-15” seria uma versão atualizada do “ICBMs” que foi lançado em julho deste ano.
Na mensagem anunciada horas depois do lançamento, a apresentadora Ri Chun-hee citou algumas aspas do presidente do país, Kim Jong-un, que teria afirmado: “agora, nós finalmente entendemos a grande causa histórica ao aperfeiçoar a força nuclear estatal, a causa de construir um foguete”.
Kim Jong-un teria assistido ao lançamento realizado em um subúrbio da capital Pyongyang. A agência de notícias oficial norte-coreana “KCNA” disse que o míssil é mais sofisticado que qualquer outro antes testado no país e que foi capaz de carregar uma “enorme e pesada ogiva nuclear”.
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As informações sobre o novo lançamento norte-coreano ainda não foram verificadas, mas especialistas têm esperado que o país demonstrasse que possui todo o território norte-americano sob ‘sua mira e alcance’ – o que seria um desenvolvimento para fortalecer seu papel durante as negociações com Washington (sobre seu programa de armas nucleares).
Contudo, a Coreia do Norte ainda não provou que tem, realmente, a capacidade de unir uma ogiva nuclear “miniaturizada” com um míssil balístico de longo alcance, e de enviá-lo em uma trajetória que atinja os Estados Unidos.
* Com informações da Ansa