Um bombardeio realizado neste sábado (9) pelo Exército Israelense na Faixa de Gaza deixou dois palestinos mortos, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde da Palestina. O ataque foi realizado contra alvos do movimento palestino Hamas e fez com que subisse para quatro o número de vítimas fatais após o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
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"Na manhã de sábado, equipes de resgate encontraram os corpos de dois palestinos que morreram em ataques aéreos israelenses na noite passada no norte da Faixa de Gaza ", disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf Al Qedra. Segundo a agência de notícias "EFE", os mortos foram identificados como Abdullah al Atal, de 28 anos, e Mohamed Safadi, de 30.
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A ofensiva foi realizada por volta das 3h45 no horário local. Três ataques aéreos israelenses atingiram o norte, centro e sul de Gaza e provocaram danos na infraestrutura das Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, braço militar do Hamas. "Em resposta aos foguetes disparados contra as comunidades israelitas, durante o dia de ontem, a aviação militar atingiu quatro infraestruturas da organização terrosita Hamas na Faixa de Gaza", afirmou o Exército de Israel.
De acordo com o Ministério da Defesa israelense, o bombardeio foi uma resposta ao foguete lançado pelo Hamas na sexta-feira (8). Na ocasião, outros dois palestinos foram mortos por conta dos confrontos com as forças israelenses. Além dos quatro mortos, outros 767 palestinos estão feridos. De acordo com balanço atualizado, 61 foram atingidos por armas de fogo, 479 ficaram intoxicados por conta de gás lacrimogêneo, 200 foram atingidos por balas de borracha e outros 27 por causas diversas.
A decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel provocou intensa revolta entre palestinos e israelenses. Na quinta-feira (7), o Hamas, movimento islâmico com atuação política e um braço armado, convocou uma nova intifada, termo utilizado para se referir à revolta palestina contra a política de governo de Israel. De acordo com o grupo, a sexta foi chamada de "dia de raiva" e foi o primeiro dos "três dias de fúria".
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Após o ocorrido em Gaza, Trump fez um apelo pedindo "calma e moderação". De acordo com um porta-voz da Casa Branca, "o presidente espera que as vozes daesperança prevalecerão sobre aqueles que espalham o ódio".
* Com informações da Ansa.