A Coreia do Norte classificou como uma "declaração de guerra" o duro discurso do presidente norte-americano, Donald Trump, durante a sua visita à vizinha do Sul, na semana passada – quando o magnata denunciou uma "cruel ditadura" no país de Kim Jong-un .
Leia também: Irônico, Donald Trump lamenta não ser amigo de Kim Jong-un
De acordo com o jornal The Guardian , a mídia estatal norte-coreana disse que, por suas palavras, Donald Trump merece a "pena de morte".
"Os imprudentes comentários soltos por Trump durante sua viagem não podem ser vistos de outra maneira que não a confirmação da hostilidade da Casa Branca contra a República Popular Democrática da Coreia, e como uma declaração de guerra", afirmou hoje o Rodong Sinmun, principal jornal do país, em seu editorial.
"O pior crime pelo qual ele nunca poderá ser perdoado é que ele ousou afetar malignamente a dignidade do nosso líder supremo", disse o editorial. "Ele deve saber que é apenas um criminoso hediondo condenado à morte pelo povo coreano", afirmou.
O que disse Trump
Em seu discurso em Seul, Trump denunciou as violações de direitos humanos na Coreia do Norte e falou, diretamente para Kim Jong-un, que seu avô, o ex-líder Kim Il-sung - buscava criar um paraíso. Mas que o neto havia transformado o país em um inferno.
Leia também: Trump de cera era presente chinês, mas virou meme; veja mais réplicas do magnata
Após um ano de repetidos testes de mísseis, a Coreia do Norte não lança um único projétil desde 15 de setembro, quando disparou um míssil de alcance médio que sobrevoou o Japão.
Em sua viagem pela Ásia, Trump atacou frequentemente a Coreia do Norte. Em diversos discursos, ele chegou a pressionar o governo de Kim Jong-un a pôr fim ao seu programa nuclear e de mísseis e apelou à comunidade internacional para que se posicionasse ao seu lado.
Em meio às críticas constantes de ambos os lados, Trump chegou a ser chamado de velho e retrucou: "Por que Kim Jong-un me insultou, me chamando de velho, se eu NUNCA (sic) o chamaria de baixinho gorducho?".
Apesar da declaração direta, Donald Trump ainda não recebeu respostas a essas provocações.
Leia também: Trump e Putin anunciam decisão de derrotar o Estado Islâmico na Síria