A França amanheceu silenciosa nesta segunda-feira (13), isso porque o país relembra hoje o aniversário de dois anos do maior atentado terrorista de sua história. Aquele que pode ser relembrado em uma palavra: Bataclan.
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Foi em 13 de novembro de 2015, quando uma série de ataques simultâneos deixou 130 mortos e 400 feridos, em Paris. Um dos ataques aconteceu dentro do teatro Bataclan , que recebia, naquela noite, um show da banda Eagles of Death.
A série de atentados, orquestrada por sete terroristas começou nos arredores do estádio Stade de France, em Saint-Denis, onde era disputado um jogo entre França e Alemanha. O autor do ataque detonou um cinto explosivos no local.
Em seguida, quatro homens invadiram o teatro o show da Eagles of Death armados com fuzis e massacraram o público.
Também houve ataques e tiroteiros em bares e restaurantes das ruas Bichat, Fontaine ao Rio, Charonne e boulevard Voltaire. Tudo ocorreu ao mesmo tempo, entre 21h locais e meia-noite. E todos os atos foram assumidos pelo Estado Islâmico, marcando uma nova onda de atentados pela Europa.
Dois anos de luto
O presidente Emmanuel Macron e a prefeita de Paris , Anne Hidalgo, foram, na manhã desta segunda-feira, até o Stade de France, local da primeira explosão, para relembrar as vítimas daquela sexta-feira junto com familiares dos mortos e feridos.
A banda Eagles of Death também voltou ao teatro parisiense hoje, com o vocalista Jesse Hughes vestido de branco. As medidas de segurança foram reforçadas em todo o país para evitar qualquer incidente.
Desde aquele dia, até 31 de outubro deste ano, a França viveu em estado de alerta máximo .
Neste mês, entrou em vigor a nova lei de segurança, outra consequência dos atentados. "A vontade do Estado Islâmico de atacar de novo permanece alta", disse o líder do serviço de inteligência da França, Laurent Nunez, em uma entrevista publicada hoje pelo jornal Le Figaro .
Já o ministro do Interior da França, Gérard Collomb, destacou que, naquele 13 de novembro, o país ainda estava em choque pelo massacre na redação do jornal Charlie Hebdo , em janeiro.
"Não pensávamos que um outro assassinato em massa pudesse ocorrer na França . Hoje estamos muito mais preparados. Os nossos serviços de segurança são mais equipados e capazes de individualizar cada ameaça", confessou.
Para tentar superar a dor de ter participado do atentado e sobrevivido, em meio a tantos mortos, diversas pessoas que estavam no teatro Bataclan naquele ano fizeram tatuagens em homenagem às vítimas fatais do ataque.
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* Com informações da Agência Ansa.