Mauricio Macri
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Mauricio Macri

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, protagonizou as comemorações, na madrugada desta segunda-feira (23), da coalizão governista de centro-direita Cambiemos (Mudemos), que foi a mais votada nos cinco principais distritos do país, nas eleições legislativas deste domingo (22) .

 “Não ganhou um partido. Ganhou a certeza de que podemos mudar a história”, disse Mauricio Macri , ao obter os primeiros resultados. O resultado representa uma vitória para o presidente. Isso porque, em dezembro, ele completa meio mandato e, desde 2015, quando eleito, Macri vinha governando com minoria no Congresso. 

Com a eleição desse domingo, onde o Cambiemos venceu inclusive na província de Buenos Aires, a maior e mais rica do pais, o presidente argentino sai fortalecido para implementar sua política de abertura econômica e, dependendo dos resultados, se candidatar à reeleição em 2019.

Kirchner volta como senadora

Por sua vez, a ex-presidente Cristina Kirchner, antecessora e principal rival de Macri, voltou ao cenário politico: ela foi eleita senadora por Unidad Ciudadana (Unidade Cidadã), o partido que criou para essa eleição e que promete transformar “na base para fundar uma nova oposição”.

Como parlamentar, Kirchner garantiu a imunidade, num momento em que é acusada de corrupção, em oito processos judiciais diferentes. “Chegamos para ficar”, disse ela.

Desafios de Macri

Apesar do resultado positivo, o governo ainda é minoria no Congresso. Porém, com essa eleição, o partido se fortaleceu, aumentando suas bancadas. Ficará com 25 dos 72 senadores e 108 dos 257 deputados.

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Para aprovar suas políticas, terá que negociar – mas tem a seu favor a divisão dos peronistas em pelo menos três facções, uma delas liderada por Cristina Kirchner.

Segundo o analista político Rosendo Fraga, com a vitória em cinco províncias, que representam 70% do eleitorado, Macri fortaleceu sua liderança e as perspectivas de reeleição. “A eleição, na metade do mandato presidencial, representa um voto de confiança no governo”, afirmou.

Macri foi eleito com a promessa de terminar de reestruturar a dívida externa, em moratória desde 2001, abrir a economia e reduzir a inflação anual de dois dígitos, que herdou de Cristina. Com essas medidas e uma política de transparência, Macri achava que iria atrair novos investimentos, criar empregos e acabar com a pobreza – coisa que ainda não aconteceu.

Ao reajustar as tarifas dos serviços públicos, congeladas desde a crise de 2001, o governo de Macri aumentou a inflação para 40% em 2016. Este ano, o índice deve ficar em torno de 25%. Cristina Kirchner e a oposição têm criticado Macri, dizendo que ele está endividando o país para pagar os credores e realizar obras de infraestrutura.

“O grande desafio do governo dele é a economia”, disse o analisa político Roberto Bacman. Apesar de não ter maioria parlamentar, a vitória na eleição desse domingo dará a Mauricio Macri maior margem para negociar com governadores, prefeitos e deputados.

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* Com informações da Agência Brasil.

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