O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a "burocracia" das Nações Unidas em seu discurso de estreia na organização, nesta segunda-feira (18).
Leia também: Trump quer reforma na ONU, afirma assessor de Segurança Nacional Casa Branca
"A ONU deve se concentrar mais nas pessoas e menos na burocracia", além de buscar "resultados", defendeu Donald Trump
, que lidera uma ofensiva para reformar a organização criada no final da Segunda Guerra Mundial.
"A Organização das Nações Unidas foi fundada com metas verdadeiramente nobres", afirmou. Mas "nos últimos anos, não atingiu seu potencial devido à burocracia e à má administração", apontou o magnata.
No ano passado, Trump chegou a afirmar que a organização funcionava como um "clube para que as pessoas se encontrassem, conversassem e passassem um bom tempo".
Hoje, os Estados Unidos são o principal financiador da organização. Porém, faz parte das ideias de Trump, conforme divulgado pela agência AFP
, a redução drástica desses fundos, o que para o secretário-geral da ONU, o português Antonio Guterres, criaria "um problema insolúvel" para a instituição.
Leia também: Coreia do Sul e EUA querem sanções mais fortes à Coreia do Norte
Mais de 120 países, segundo a agência de notícias Reuters , foram convidados a comparecer a uma reunião sobre reformas na ONU após assinarem uma declaração política de 10 pontos elaborada pelos Estados Unidos apoiando esforços de Guterres, em "iniciar reforma efetiva e significativa".
"Nenhum Estado-membro deveria ser sobrecarregado desproporcionalmente com responsabilidade, militar ou financeira", considerou Trump, sentado entre Guterres e a embaixadora americana Nikki Haley.
Haley, inclusive, foi uma das principais responsáveis pelo corte de 600 milhões de dólares no orçamento das missões de paz das Nações Unidas este ano.
Temer e Trump
Na terça-feira (19), o presidente da República, Michel Temer , participará da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. Ele será o primeiro – depois de Donald Trump – entre os líderes mundiais a discursar, seguindo tradição mantida desde 1947, quando o ministro das Relações Exteriores brasileiro Oswaldo Aranha foi o primeiro a presidir o encontro.
Leia também: Mesmo com pressão da ONU, Coreia do Norte diz que manterá programa nuclear
* Com informações da Agência Brasil.