Eleições anulada no Quênia haviam elegido para um novo mandato o atual líder, Uhuru Kenyatt
Reprodução/BuzzKenya
Eleições anulada no Quênia haviam elegido para um novo mandato o atual líder, Uhuru Kenyatt

A Suprema Corte do Quênia decidiu, em uma decisão inédita, nesta sexta-feira (1º), pela anulação das eleições presidenciais ocorridas no mês passado, no país. O pleito havia elegido um novo mandato para o atual líder Uhuru Kenyatta , o que motivou uma série de protestos violentos, responsáveis pela morte de ao menos 21 pessoas.

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Essa foi a primeira vez que uma eleição presidencial foi invalidada na África. Além de cancelar a reeleição de Kenyatta, o tribunal determinou que eleições suplementares sejam realizadas no Quênia , em até 60 dias. 

A oposição queniana comemorou a decisão, afirmando que a reeleição de Kenyatta era inconstitucional. "As eleições presidenciais não aconteceram de acordo com a Constituição", disse o líder da Corte, o juiz David Maraga, ressaltando que Kenyatta "não fora eleito e declarado presidente de maneira válida".

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Em sua decisão, o tribunal citou irregularidades no processo e na transmissão dos resultados. "Esse é um dia histório para a população do país, e para a população do continente africano ", comemorou o candidato opositor Raila Odinga, que disputou as eleições contra Kenyatta.

Líder do país desde 2013

Aos 55 anos de idade, Kenyatta está no cargo desde 2013. Antes de assumir a presidência, Kenyatta foi vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças do país. O pai dele, Jomo Kenyatta, foi o primeiro presidente do país, de 1964 a 1978, e desempenhou um importante papel na transição de uma colônia do Império Britânico para uma república independente.

A Comissão Eleitoral (IEBC) tinha declarado sua vitória nas eleições de 8 de agosto com 54% dos votos, contra 44% de Odinga, que tem 72 anos. O opositor disputou as eleições passadas de 1997, 2007 e 2013.

Quando Kenyatta foi declarado vitorioso no pleito, na ocasião, o país registrou dois dias de protestos e violência. A organização não governamental Human Rights Watch afirmou que a manifestação foi marcada "por graves violações dos direitos humanos, incluindo assassinatos e espancamentos pela polícia em manifestações e operações de busca em casas no oeste do Quênia"

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* Com informações da Agência Ansa.

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