As sacolas plásticas são um grande problema para as cidades do Quênia. Localizado no leste africano, o país acumula pilhas destes sacos nas ruas – principalmente na capital, Nairóbi – e, por isso, o governo decidiu que o uso dos sacos plásticos está proibido em todo o país. Quem ignorar a nova lei pode enfrentar até quatro anos na prisão ou uma multa de R$ 120 mil reais.
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De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, todo ano, pelo menos 100 milhões de sacolas plásticas são distribuídas por supermercados quenianos. Assim, a quantidade excessiva dos produtos começou a preocupar o governo, já que o plástico causa grandes impactos ao meio ambiente.
Para tentar controlar o problema, o Ministério do Meio Ambiente resolveu proibir a produção, importação e o uso dos sacos em todo o território do país. A única exceção é para a produção com propósitos industriais, segundo o portal “Metro”.
Insatisfeitos com a medida, alguns produtores quenianos argumentaram que a nova legislação pode acarretar uma onda de desemprego no país, porém, o ministro do meio ambiente Judi Wakhungu declarou, na última semana, que o efeito será o oposto. De acordo com o mesmo portal, o ministro explicou que os empregos poderão aumentar com a medida, já que a indústria de sacolas feitas com produtos ecológicos vai ganhar espaço.
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O problema do plástico
O Quênia, porém, não foi o primeiro país africano a introduzir tais medidas. Antes, nações como Mali, Tanzânia, Uganda, Etiópia, Mauritânia, Camarões, Malaui e Guiné-Bissau já aderiram à proposta.
As providências tomadas se baseiam no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que identifica a sacola plástica como a maior causa dos problemas ambientais e de saúde, já que ela coloca vidas animais em risco ao confundir pássaros e aves, por exemplo, que ingerem os sacos como se fossem alimento.
Da mesma forma, elas prejudicam o agronegócio, poluem pontos turísticos e são focos de reprodução para mosquitos portadores da malária e da dengue, questões sanitárias preocupantes para o governo do Quênia.
O Programa também atribui ao produto uma grande contribuição para a poluição marítima – cerca de oito milhões de plástico são jogados nos oceanos todo ano. Assim, estima-se que até 2050, os oceanos terão mais sacolas plásticas do que peixes.
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