O conselheiro para a Segurança Nacional do governo norte-americano, H.R. McMaster, afirmou, neste sábado (5), que os Estados Unidos podem dar início a uma chamada 'guerra preventiva' contra a Coreia do Norte.
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"Se me pedirem se temos planos para uma guerra preventiva, eu respondo que sim, uma guerra para por fim às ameaças de ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos", disse McMaster em uma entrevista à emissora MSNBC .
Ao aumentar o tom contra Pyongyang, o conselheiro informou ainda que "o presidente [Donald] Trump foi muito claro sobre isso e disse que não tolerará mais as ameaças" feitas por Kim Jong-un.
"Para ele, é intolerável que eles tenham armas nucleares que podem ameaçar os Estados Unidos. A opção militar está na mesa", acrescentou.
No entanto, McMaster reconheceu que declarar guerra a Pyongyang "é algo muito caro, que poderia causar um sofrimento imenso, sobretudo, à população sul-coreana".
Testes balísticos
O novo clima de tensão entre os dois países teve início pouco após a posse de Donald Trump na presidência norte-americana.
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No último sábado (29), Trump, disse que não permitirá que a China continue sem agir para solucionar a situação com a Coreia. Antes disso, o norte-americano tinha condenado o novo lançamento de Pyongyang e antecipado que tomará "todas as medidas necessárias" para proteger seu país e seus aliados na região asiática.
Nesta semana, os EUA afirmaram que um míssil balístico intercontinental não armado seria testado na base da Força Aérea de Vandenberg, na Califórnia. O teste ocorreu cinco dias após o lançamento de um míssil do mesmo tipo, realizado pelo país norte-coreano na sexta-feira (28).
O propósito dos Estados Unidos com o teste, como os anteriores do mesmo programa, é "validar e verificar a efetividade, preparação e precisão do sistema”, indicou a Força Aérea. O teste será o quarto efetuado da base californiana este ano com o míssil do tipo Minuteman.
Também nessa semana, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, afirmou que o país não quer a derrubada do governo da Coreia do Norte e que espera até "dialogar" com Pyongyang em "algum momento".
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* Com informações da Agência Ansa.