O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste sábado (29) que irá cortar os benefícios da lei sanitária atual para as seguradoras e para os próprios congressistas se seu projeto de lei de saúde não for aprovado o quanto antes.
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"Se a nova lei de saúde não for aprovada rapidamente, as ajudas para as companhias de seguro e as ajudas para os membros do Congresso acabarão muito em breve!", ameaçou Trump em uma mensagem no Twitter.
Em outra situação, o presidente já havia se mostrado frustrado pelo fracasso de sua lei, que foi rejeitada pelo Senado na última sexta-feira (28). Segundo ele, "após sete anos falando em revogar e substituir" a lei de saúde, os americanos "ainda são forçados a viver com Obamacare em colapso". As informações são da agência EFE.
A recusa por parte do Senado dos EUA foi feita com o voto decisivo de três republicanos, entre eles John McCain. A proposta de lei previa revogar parcialmente a reforma de saúde, promulgada em 2010, pelo então presidente, o democrata Barack Obama (2009-2017).
Os subsídios às seguradoras, que Trump ameaçou cortar neste sábado, permitiram baixar o preço de franquias, pré-pagamentos e outros encargos às pessoas com menos recursos no marco da lei sanitária de Obama, conhecida popularmente como "Obamacare".
Por isso, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, rejeitou hoje a mensagem do presidente. "Se o presidente se negar a fazer os pagamentos da redução de custos compartilhados, todos os especialistas concordam que os custos subirão e a saúde será mais cara para milhões de americanos", disse o democrata em um comunicado.
Apesar do fracasso do projeto de lei no Senado, nem Trump nem alguns senadores republicanos parecem dispostos a jogar a toalha. "A não ser que os senadores republicanos sejam totais desistentes, a [lei] 'revoga e substitui' não está morta! Peço outra votação antes que qualquer outra lei seja votada", escreveu Trump no Twitter.
Um grupo de senadores liderados por Lindsey Graham se reuniu com o presidente na mesma sexta-feira para abordar a redação de uma nova proposta de lei que possa conseguir 50 votos.
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Reforma tributária
No entanto, os líderes republicanos tanto no Senado como na Câmara de Representantes parecem estar dispostos em virar a página, assumir que devem negociar com os democratas se quiserem modificar a lei atual e começar sua próxima batalha legislativa: a reforma tributária.
O líder da maioria republicana na Câmara Alta, Mitch McConnell, afirmou que é o momento de escutar as "sugestões" dos democratas para melhorar a lei atual, uma proposta que Schumer acolheu de imediato.
O presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan, evitou se referir ao próximo passo em matéria de saúde e priorizou trabalhar em outros assuntos como uma "histórica reforma tributária" até o final do ano.
*Com informações da Agência Brasil
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