O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou polêmica e despertou uma série de discussões sobre discriminação a partir do momento em que, nesta quarta-feira (26), anunciou que planeja reinstalar o banimento às pessoas transgênero de servir “em qualquer cargo” nas Forças Armadas do país.
O Pentágono, no entanto, avisou nesta quinta (27), que não seguirá as intenções de Trump. De acordo com o chefe do Estado Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Joseph Dunford, o Pentágono não aplicará, até segunda ordem, a decisão anunciada por Donald Trump .
"Não haverá modificação alguma à política atual até que o secretário de Defesa [James Mattis] tenha recebido a ordem do presidente e emita diretrizes para implementá-la", disse Dunford em uma comunicação interna.
"Enquanto isso, seguiremos tratando todo nosso pessoal com respeito", acrescentou o chefe do Estado Maior Conjunto, que ordenou aos comandos que "permaneçam focados" em suas missões militares.
Entenda a polêmica
A decisão de Trump volta atrás em relação à política aprovada pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos durante a gestão do ex-presidente Barack Obama, que ainda estava em fase final de revisão. Com a iniciativa democrata, pessoas transgênero poderiam servir ao serviço militar do país.
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“Depois de uma consulta com os Generais e os especialistas militares, por favor estejam avisados de que o governo dos Estados Unidos não irá aceitar ou permitir que indivíduos transgênero sirvam as Forças Armadas do país em qualquer competência”, escreveu o presidente em sua conta do Twitter nesta quarta.
“Nossos militares devem estar focados na vitória decisiva e esmagadora, e não podem ser sobrecarregados com os tremendos custos e perturbações médicas que os transexuais podem gerar”, afirmou.
Apesar de Trump ter dito que consultou seus "generais e especialistas militares", veículos de imprensa norte-americanos publicaram nesta quinta que Mattis, chefe do Pentágono, foi avisado da decisão tomada pelo presidente na véspera do anúncio.
Orçamento no exército
De acordo com o jornal New York Times , por trás da proibição de Trump está a necessidade de aprovar, ainda nesta semana, no Congresso, um pacote orçamentário de US$ 790 bilhões em Defesa e alguns republicanos votariam contra se o projeto incluísse o tratamento hormonal a militares transexuais.
As Forças Armadas dos Estados Unidos se abriram "com efeito imediato" aos transexuais em junho de 2016 por decisão de Obama e seu recrutamento deveria começar em janeiro do ano que vem.
Estima-se que atualmente há cerca de 6,6 mil transexuais servindo nas Forças Armadas americanas, cujo futuro ficou no limbo após o anúncio de Donald Trump.
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* Com informações da Agência Brasil.