O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste domingo (23) que os 33 magistrados nomeados na sexta-feira (21) pelo Parlamento para substituir os juízes do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), considerados "ilegítimos" pelo órgão, serão presos "um a um" e terão os bens e contas bancárias congelados.
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"Estes que nomearam, usurpadores que andam por aí, todos serão presos, um a um, um atrás do outro. Todos vão presos e todos terão congelados os bens, as contas e tudo mais. E ninguém vai defendê-los", disse Maduro durante seu programa semanal na televisão pública.
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Um destes magistrados, Ángel Zerpa, foi detido neste sábado (22) por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, em operação que foi qualificada como "terrorismo de Estado" pelo Parlamento, de maioria opositora e que acusou os juízes em exercício do TSJ de serem o braço judiciário do governo.
Protestos
Uma passeata em Caracas, em apoio aos 33 magistrados designados, terminou em confronto com a Guarda Nacional Bolivariana. A intenção dos manifestantes era chegar à sede do TSJ, mas passagem foi impedida a poucos metros do ponto de partida pelos agentes, que usaram bombas de gás lacrimogêneo.
O encontro dos agentes aconteceu em Chacao, um reduto da oposição no leste de Caracas, com um grupo de jovens conhecido como "a resistência", que repeliu os ataques com escudos caseiros e também atacou os oficiais com diversos objetos. Em vídeo publicado nas redes sociais, o deputado opositor Miguel Pizarro denunciou o caso.
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Desde 1º de abril, uma onda de protestos contra o governo foi gerada após o Tribunal Supremo assumir as funções do Legislativo. Algumas decisões foram revogadas posteriormente. Até o momento, ao menos 100 pessoas morreram em episódios de violência relacionados com as manifestações, que frequentemente resultam confrontos com as forças da ordem.
*Com informações da Agência Brasil