Uma adolescente polonesa de 16 anos, que se mudou para a Inglaterra há nove anos, se suicidou depois de sofrer episódios de bullying e racismo na escola, segundo afirma o inquérito do caso. Ela foi encontrada morta no dia 17 de maio deste ano. As informações são do "The Guardian".
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Dagmara Przybysz se mudou com a família para o Reino Unido ainda criança. Ela foi encontrada morta em sua escola, em Redruth, Cornwall. De acordo com testemunhas, a garota teria sofrido bullying, tendo ouvido coisas como “você não pertence a este lugar” e “ polonesa
estúpida”.
Ainda segundo algumas testemunhas, Dagmara era uma “jovem bonita, feliz e popular” que tinha um “futuro brilhante”, já que planejava estudar fotografia. Porém, pontuaram que a menina relatava sofrer muito pelos comentários racistas.
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A mãe da jovem, Ewelina Przybysz, afirmou que ela sabia que a filha tinha problemas com uma colega da escola. “Eu não sei exatamente o que foi dito. O incidente no colégio ocorreu poucos dias antes de Dagmara morrer. Não sei se o problema foi racismo”, disse. Ela ainda contou que a filha já havia passado por problemas racistas antes, mas que acredita que havia outras coisas mais profundas atormentando-a.
Já o namorado da vítima, Lewis Simpson, contou no inquérito que acredita que os comentários feitos por colegas da escola fizeram muito mal a ela. Segundo o laudo, a menina morreu por enforcamento.
O namorado de Dagmara disse ao inquérito como reiniciaram um relacionamento apenas oito dias antes de morrer. Simpson contou que os dois conversavam sobre planos futuros para estarem juntos. “Estou chocado com a morte dela. Quando a vi na segunda-feira [na véspera de sua morte], ela estava agitada com algo que havia acontecido no colégio. Ela me indagou: ‘o que você faria se eu me matasse? ’. Não levei a sério”, afirmou.
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O pai da adolescente, Jedrzej Przybysz, lembra que, na manhã da morte, recebeu um telefonema de sua filha. “Ela estava chateada e chorando e não queria me contar o motivo. Mais tarde, me disse que teve problemas na escola, mas não entendi. Eu pedi para que ela fosse para a aula e que, no retorno, teríamos uma conversa séria sobre esse problema”, contou.
As investigações da morte da adolescente polonesa continuam.