G20 termina com documento que isola Estados Unidos de acordo relacionado as questões climáticas
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G20 termina com documento que isola Estados Unidos de acordo relacionado as questões climáticas


Após a reunião do G20 – que reúne representantes das maiores economias mundiais, ocorrida em Hamburgo, na Alemanha, um documento oficial foi assinado por todos os envolvidos. Neste acordo, foram reafirmados pelos 20 países os esforços relacionados ao combate a fome, ao terrorismo, ajuda aos refugiados, ao desemprego, a desigualdade de gênero e as questões relacionadas às mudanças climáticas.

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Porém, na parte em que as questões ambientais a serem discutidas entre os países que fazem parte do G20 , foi feita uma ressalva a atuação dos Estados Unidos , país presidido por Donald Trump . Com a saída dos EUA do Acordo de Paris foi considerado por 19 países que os EUA está isolado nessa questão.

O Acordo de Paris foi firmado em 2015 na 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21). Na ocasião foram firmados compromissos globais de discussões e medidas de combate às mudanças climáticas. O acordo, na época, foi assinado por Barack Obama , mas a atual presidência dos Estados Unidos informou que está de fora desse acordo.

“Os líderes dos outros membros do G20 afirmam que o Acordo de Paris é irreversível e reiteram a importância de que sejam cumpridos os termos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ”, diz o documento, em nome dos demais 19 países do grupo.

Foi ressaltado no texto oficial a importância das economias de melhor desempenho de ajudarem com aportes financeiros os países menos ricos a implantarem ações para o desenvolvimento econômico preservando o meio ambiente.

A agência de notícias alemã DPA informou que só foi colocado no texto final do G20 o apoio dos EUA em relação às questões climáticas sobre a “utilização de combustíveis fósseis mais limpos e eficientes” e que isso foi feito apenas para agradar a delegação norte-americana.

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Combate ao terrorismo

Foi divulgado pelos 20 países uma declaração conjunta com repúdio aos ataques terroristas e aos financiadores desses “atos abomináveis que reforçam nossa determinação de cooperar para melhorar nossa segurança e para protegermos nossos cidadãos”. Foi defendido pelos líderes a eliminação de “refúgios terroristas” sem desrespeitar a direito internacional e os direitos humanos .

“Clamamos pela implementação dos compromissos internacionais existentes em matéria de combate ao terrorismo e o cumprimento de resoluções relevantes e sanções específicas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas ( ONU ). Comprometemo-nos a continuar a apoiar os esforços da ONU para prevenir e combater o terrorismo e trataremos da ameaça crescente associada aos combatentes terroristas estrangeiros que retornam de zonas de conflito, como o Iraque e a Síria, e continuaremos empenhados em impedir que esses combatentes estabeleçam ponto de apoio em outros países e regiões ao redor do mundo”, apontaram os líderes.

Os países que compõe o G20 se comprometeram também a tornar mais fácil a troca de informação entre os serviços de inteligência, além de fortalecer a cooperação internacional para identificar movimentos de suspeitos de terrorismo .

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