Ao menos 250 pessoas ficaram feridas durante protesto contra a reunião da cúpula do G20
, em Hamburgo, na Alemanha, nesta sexta-feira (7). De acordo com o jornal alemão Spiegel
, 150 agentes de segurança estão entre os feridos, enquanto as demais 100 vítimas da violência são manifestantes.
Manifestantes anticapitalismo atearam fogo em 20 carros e depredaram bancos e pequenos comércios durante protesto contra a reunião dos líderes das maiores economias do mundo ( G20 ), iniciada oficialmente nesta sexta-feira. As forças policiais utilizaram canhões de água para expulsar os manifestantes adeptos da tática black bloc.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump , chegou a ser impedida por manifestantes de deixar o hotel no qual está hospedada para comparecer à abertura do encontro em Hamburgo. Um porta-voz da primeira-dama norte-americana informou que ela não conseguiu deixar a residência por "motivos de segurança". "Não recebemos o 'ok' da polícia para deixar a casa", informou.
Outros grupos realizaram protestos
contra o encontro de líderes mundiais. As vias próximas ao centro de conferência que recebe autoridades como os presidentes Michel Temer, Donald Trump (EUA), Vladimir Putin (RUS) e Angela Merkel (ALE) foram tomadas por manifestantes que realizaram passeata pacífica nesta sexta-feira.
Vídeo mostra canhões de água utilizados pela polícia contra manifestantes:
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A cúpula
Criado em 1999, na esteira de várias crises econômicas da década de 1990, o G20 é um fórum de cooperação e consulta sobre assuntos internacionais.
Embora o número induza ao entendimento de vinte países, o G20 conta com 19 Estados em sua estrutura. O vigésimo integrante é um bloco, a União Europeia.
Além da UE, o G20 é composto por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A população que vive nesses países corresponde a 66% do total mundial.
Ao longo do encontro, a chanceler alemã, Angela Merkel, tentará obter um consenso da maior parte dos países sobre a reafirmação do Acordo de Paris, tema que ganhou mais destaque após o anúncio da saída dos Estados Unidos por Donald Trump. Os membros do G20 respondem por 81% das emissões.
Firmado em 2015, após mais de 10 anos de negociações infrutíferas para mitigar o efeito da atividade econômica no clima, o tratado foi assinado por 195 países e ratificado por 147, responsáveis por 80% das emissões de gases – 165 metas de redução já foram submetidas. Apenas Síria e Nicarágua ficaram de fora na época.
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*Com informações da Agência Brasil