Trump diz que norte-americano morto após prisão na Coreia do Norte podia ter sido salvo se resgatado anteriormente
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Trump diz que norte-americano morto após prisão na Coreia do Norte podia ter sido salvo se resgatado anteriormente

O presidente Donald Trump defendeu, nesta terça-feira (20), que Otto Warmbier, o norte-americano que morreu após permanecer preso na Coreia do Norte por mais de um ano, poderia estar vivo caso tivesse sido entregue aos Estados Unidos anteriormente, o que pode ter sido um "cutucão" à administração anterior, do democrata Barack Obama.

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As autoridades norte-americanas, sob comando do presidente Donald Trump , conseguiram a liberdade de Warmbier na semana passada, depois de 18 meses da prisão. Ele chegou ao país na última quinta-feira, em coma, e morreu nesta segunda-feira (19). “Ele poderia ter sido trazido para casa no mesmo dia. Os resultados teriam sido muito diferentes”, afirmou o republicano.

O mandatário classificou a situação como uma “desgraça”, e agora enfrenta pedidos para que os Estados Unidos questionem o governo norte-coreano acerca de sua responsabilidade pela morte de Otto Warmbier.

Em uma coletiva de imprensa na Sala Oval, durante um encontro com o presidente ucraniano, Trump direcionou sua fala para lamentar o longo período que o cidadão norte-americano permaneceu preso no país asiático. “Nós deveríamos tê-lo trazido há muito tempo”, enfatizou.

Entenda o caso

A morte do estudante norte-americano ainda é um mistério. O que se sabe é que era um estudante da Universidade da Virgínia quando foi detido, em janeiro de 2016. Ele se inscreveu para uma viagem à Coreia do Norte com o grupo de viagem "Young Pioneer Tours", sendo uma breve estadia seguida de uma visita a Pequim. 

Mas, quando tentou se afastar do aeroporto de Pyongyang, ele foi parado pela segurança.
De acordo com o governo norte-coreano, Warmbier foi detido porque teria roubado um cartaz político de um andar restrito do hotel onde havia se hospedado. 

Warmbier foi preso na Coreia do Norte ainda durante a presidência de Barack Obama , embora o governo de Kim Jong-un tenha informado aos Estados Unidos sobre as condições de saúde precárias do norte-americano apenas no início deste mês. Por isso, a crítica sobre a demora para liberarem-no pode ser interpretada como uma crítica ao democrata.

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O ex-porta-voz do Conselho de Segurança, Ned Price, encaminhou uma resposta a Trump, afirmando que a administração de Obama “não tinha prioridade mais alta do que garantir a liberdade de americanos detidos em terras estrangeiras”. “O isolamento da Coreia do Norte impôs desafios únicos, mas nós trabalhamos de todos os modos possíveis para nós”, acrescentou.

Além disso, Ned Price apontou que pelo menos dez norte-americanos foram liberados da prisão norte-coreana durante o comando de Obama. “É lamentável que Mr. Warmbier não esteja entre essas pessoas, mas nossos esforços para que ele fosse liberado nunca se cessaram, mesmo quando vivíamos o fim da nossa administração. Nossos pensamentos e orações estão com a família dele”, completou.

Outros três norte-americanos continuam detidos na Coreia do Norte : Tony Kim e Kim Hak Song foram presos nos últimos meses, acusados de cometerem “atos hostis”. Já Kim Dong Chul está preso desde 2015.

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"Um monte de coisas ruins acontece, mas pelo menos nós conseguimos trazê-lo para casa para ficar com seus pais, que ficaram tão feliz de vê-lo mesmo que tivesse em situações ruins”, disse Donald Trump após a morte de Warmbier.

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