Donald Trump será mais agressivo de Obama com Cuba, exigindo eleições livres e a libertação de presos políticos
Reprodução/The Boston Globe
Donald Trump será mais agressivo de Obama com Cuba, exigindo eleições livres e a libertação de presos políticos

Em um pronunciamento oficial feito em Miami, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na tarde desta sexta-feira (16), mudanças na política com Cuba. Agora, o republicano decidiu restringir a melhora nas relações entre os dois países a medidas baseadas na política dos direitos humanos.

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Tal mudança marca um retrocesso em relação às medidas adotadas pelo antecessor de Donald Trump , o democrata Barack Obama, que aliviou o embargo norte-americano a Cuba, melhorando as relações entre os dois países. 

Agora, Trump condicionou avanços na relação bilateral entre os países à libertação de presos políticos e à realização de eleições livres — algo que Havana não tem intenção alguma em negociar. Ou seja, voltou a intensificar um ruído histórico que existia entre os dois países.

"Eu estou cancelando o acordo completamente unilateral da última administração [Obama] assinado com Cuba", afirmou Trump, que denunciou o que chamou de "natureza brutal" do regime de Raúl Castro em Cuba. "Em breve alcançaremos uma Cuba livre", afirmou.

Trump disse que vai negociar "um acordo melhor” com o país. Porém, isso só será possível caso ocorram avanços democráticos “concretos”, e a realização de “eleições livres” e a “libertação de prisioneiros políticos”.

O que muda (ou não)

Apesar dessa ser uma mudança significativa na estratégia de descongelamento das relações entre os dois países promovida por Obama, a Casa Branca garantiu que Trump não tem a intenção de reverter todos os avanços obtidos nos últimos anos.

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Dessa maneira, as relações entre Havana e Washington deverão ser mantidas, assim como os acordos entre companhias aéreas para voos entre os dois países. No entanto, haverá novas restrições às viagens. 

Passará a ser proibido, por exemplo, que americanos gastem dinheiro em estabelecimentos do Estado ou ligados às pessoas dentro das Forças Armadas, da polícia ou da Inteligência cubanos.

Assim, eles ficarão proibidos de se hospedar em praticamente todos os hotéis ou frequentar os principais restaurantes da ilha, ligados ao governo. Trump também pretende acabar com viagens individuais de americanos — o que só seria possível em grupos.

As excursões educacionais e os chamados intercâmbios “de pessoa para pessoa” serão mais escassos e deverão ser feitos com um guia de uma organização americana, o que Obama já havia eliminado.

As viagens por questões familiares, contudo, continuam permitidas. As relações diplomáticas restabelecidas pelo antecessor de Donald Trump, incluindo embaixadas reabertas em Washington e Havana, também permanecem.

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* Com informações da Agência Ansa.

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