O chefe de gabinete da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou, neste sábado (10), que renunciou o cargo após a derrota do partido conservador no Parlamento de Londres
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Theresa May, no entanto, mesmo perdendo a sua maioria absoluta nas eleições gerais, ocorridas na última quinta-feira (8), afirmou que não vai renunciar. Ela tinha antecipado as eleições gerais justamente para se firmar politicamente, o que não aconteceu.
"Assumo a responsabilidade pela minha tarefa nesta campanha eleitoral, que era supervisionar nosso programa político", disse Nick Timothy em uma carta publicada no site ConservativeHome .
Além de Timothy, Fiona Hill, que também era uma assessora próxima de May, também deixará o cargo, segundo a agência de notícias Associated Press.
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A saída dos dois assessores acontece a poucos dias do início das negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, agendado para o próximo dia 19.
May enfraquecida
Em discurso logo após a confirmação da renovação de sua cadeira pela circunscrição de Maidenhead, no Sul da Inglaterra, May já sugeria a possibilidade de governar, apesar de não contar com maioria absoluta.
"Este país necessita de um período de estabilidade. Se o Partido Conservador conquistou a maior quantidade de cadeiras e votos, terá que assegurar essa estabilidade", afirmou.
Após um encontro com a rainha Elizabeth II, na manhã da última sexta-feira (9), a primeira-ministra britânica disse que vai formar um novo governo, apesar do resultado negativo para o seu partido nas eleições gerais.
Analistas políticos avaliam que o atentado ocorrido na Inglaterra no último sábado influenciou o cenário político às vésperas da eleição . O grupo terrorista Estado Eslâmico reivindicou a autoria dos ataques.
Em resposta aos atentados, Theresa May revelou que a única coisa que une os três ataques terroristas que ocorreram no Reino Unido desde março é a "ideologia extremista" e que, desde o ataque de Westminster, a polícia já impediu cinco tentativas de atentado no Reino Unido.