Incêndio criminoso mata mais de 30 pessoas em cassino nas Filipinas

Segundo a polícia local, o ataque foi feito por um homem, que se matou após colocar fogo no local; autoridades negam terrorismo

Incêndio criminoso que matou mais de 30 aconteceu no Resorts World Manila, nas Filipinas
Foto: Reprodução/Site oficial
Incêndio criminoso que matou mais de 30 aconteceu no Resorts World Manila, nas Filipinas

Um incêndio criminoso causou a morte de mais de 30 pessoas em um cassino na cidade de Manila, capital das Filipinas. Segundo as autoridades locais, um homem mascarado e armado com uma metralhadora invadiu o local, que faz parte de um resort de luxo e colocou fogo em mesas do complexo. De acordo com CNN Internacional, 35 pessoas foram mortas no ataque e mais de 50 foram internadas. O autor do ataque está entre os mortos.

O incêndio aconteceu na tarde desta quinta-feira (1) no cassino do complexo Resorts World Manila, que abriga um hotel de luxo, um shopping e vários restaurantes. Um homem armado invadiu o complexo e colocou um líquido inflamável em várias mesas, posteriormente ateando fogo no local.

Segundo a polícia filipina, a maioria das mortes aconteceu por intoxicação por fumaça ou por pessoas que pularam das janelas para fugir do ataque. As autoridades divulgaram que a maioria das vítimas são mulheres que estavam em um mesmo banheiro.

A polícia local fez questão de afastar a possibilidade de um ataque terrorista. "Não temos qualquer indício de que se trata de terrorismo. Ele não machucou ninguém", afirmou Ronald dela Rosa, chefe da polícia nacional das Filipinas. O policial afirmou que o agressor chegou a disparar tiros, mas não apontou para as pessoas. O oficial também deu uma descrição do suspeito: "1,80m, branco, com traços estrangeiros e falava em inglês.", disse.

Foto: Reprodução
Autoridades das Filipinas divulgaram fotos do autor do ataque dentro do complexo

Informações desencontradas

Apesar da posição das autoridades em afastar a possibilidade de um atentado terrorista, pouco ainda se sabe sobre o ataque. Ainda segundo Ronald dela Rosa, o crime parece se tratar de uma tentativa de assalto, uma vez que o criminoso tentou roubar fichas de cassino de quartos do hotel. O autor do ataque, que agiu sozinho, morreu no local. O chefe da polícia filipina disse ele foi abatido pelas autoridades. No entanto, de acordo com Oscar Albayalde, chefe da polícia da cidade de Manilla, o criminoso teria se suicidado: "Ele se queimou. Cometeu suicídio", disse.

Logo após os ataques, a imprensa local declarou que se tratava de uma obra do Estado Islâmico. Segundo o jornal "Manila Standart", vários jihadistas teriam invadido o hotel e disparado contra hóspedes do local. No entanto, todas essas informações foram desmentidas pelas autoridades juntamente com a divulgação dos detalhes do crime. 

Leia também: Estado Islâmico reivindica autoria do atentado durante show em Manchester

Através do Twitter, Rita Katz, diretora do portal antiterrorismo Site , publicou que um braço filipino do Estado Islâmico reivindicou o ataque, supostamente realizado por "lobos solitários e soldados do califado". A polícia filipina minimizou o caso, dizendo que o EI pode ter assumido o ataque para fazer propaganda.

Filipinas contra o terrorismo

Ao longo das últimas semanas, as Filipinas vêm travando uma guerra pelo controle de Marawi contra o Grupo Maute, facção do grupo terrorista no país.

Marawi é uma cidade de cerca de 200 mil habitantes, situada na ilha meridional de Mindanau, a mais de 1,2 mil quilômetros de Manila, que possui população de maioria muçulmana.

Para tentar controlar os jihadistas, o governo decretou lei marcial, quando o poder civil é submetido a uma autoridade militar, em toda a ilha de Mindanau, incluindo Marawi.

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, vem tentando implantar uma política "linha dura" não apenas contra o tráfico de drogas, mas também contra o terrorismo.

A guerra pelo controle de Marawi já provocou o deslocamento de pelo menos 70 mil moradores e mais de 100 mortes.

O avanço do Estado Islâmico na região coincide com o início do Ramadã , o mês sagrado do Islã, que começou no último sábado (27).

Leia também: Aviões da Rússia destroem comboio com 120 jihadistas do Estado Islâmico