O centrista Emmanuel Macron assumiu a presidência da França em cerimônia realizada neste domingo (14) no Palácio do Eliseu, na capital Paris. Aos 39 anos, o ex-ministro da economia que superou a candidata Marine Le Pen no segundo turno das eleições
se tornou o mais jovem presidente francês desde Napoleão Bonaparte (que foi líder do país há mais de 170 anos).
Emmanuel Macron assume o posto até então ocupado por François Hollande, que deixa o cargo com a indigesta marca de presidente com maior rejeição na história da França. Muito por conta disso, Macron adotou um discurso centrado em "devolver à autoconfiança aos franceses" e "recolocar o país em seu papel de líder no cenário mundial".
"O mundo e a Europa precisam da França mais do que nunca", declarou o novo presidente, que mencionou a disputa com Le Pen nas eleições afirmando que os franceses optaram pela "esperança e pelo espírito de conquista".
Reconhecido como um político de centro e pró-bloco europeu, Macron prometeu que iria buscar "reformar e refundar" a União Europeia.
"A Europa da qual precisamos será refundada, relançada, porque ela nos protege. Está em nossas mãos construir o mundo que nossos jovens merecem. Juntos, podemos registrar as mais belas imagens de nossa história", discursou.
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Primeiro desafio
A sorte de Macron será definida no mês que vem, quando os franceses voltam às urnas para definir quem serão os ocupantes da Assembleia Nacional. O novo presidente tem o desafio de conseguir fazer com que sua proposta de centro conquiste ao menos 290 das 577 cadeiras em disputa para que ele assegure a maioria dos parlamentares ao seu lado durante o mandato.
A eleição para a casa mais importante do poder Legislativo da França será disputada em dois turnos, nos dias 11 e 18 de junho.
O partido de Macron, REM (sigla em inglês para República em Movimento), já divulgou uma lista com 428 candidatos, mas grande parte dessa relação não possui experiência em eleições.
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