A Coreia do Norte lançou neste domingo (14) um míssil não identificado a partir do norte de Pyongyang, provocando apreensão e reações da comunidade internacional. O projétil viajou cerca de 700 quilômetros em direção ao Japão e caiu no mar ao leste da península coreana, informou a agência estatal da Turquia, Anadolu .
O novo exercício militar da Coreia do Norte
foi verificado inicialmente pelos vizinhos do sul, onde foi convocada uma reunião de emergência entre as autoridades de defesa nacional. Essa é a primeira vez que o novo presidente da Coreia do Sul, o recém-eleito Moon Jae-in
, encara atividades intimidatórias promovidas pelo governo do ditador norte-coreano Kim Jong-un.
A Coreia do Sul não foi a única a se incomodar com o lançamento de mais um míssil pelos norte-coreanos. Embora tenha sido lançado em direção ao Japão, o projétil – que até o momento imagina-se ser um míssil balístico – caiu ainda mais perto da Rússia do que dos japoneses (a 500 quilômetros do território russo).
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Putin e Trump
O sistema russo de segurança contra mísseis divulgou nota logo após a queda do projétil no mar informando que registrou a atividade norte-coreana e acompanhou a trajetória do míssil durante 23 minutos até que a possibilidade de riscos ao território russo fosse descartada.
A situação militar envolvendo Kim jong-un e o presidente russo, Vladimir Putin, gerou reação imediata por parte do presidente americano, Donald Trump. A Casa Branca divulgou comunicado cobrando "fortes sanções internacionais contra Pyongyang.
"Com o míssil passando tão perto do território russo – de fato, mais perto da Rússia do que do Japão – o presidente Trump não pode imaginar que os russos estejam satisfeitos", diz a nota da Casa Branca.
A tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte têm crescido exponencialmente desde que Trump assumiu o governo americano. O clima hostil entre Washington e Pyongyang se dá devido aos testes militares e suposto arsenal nuclear dos norte-coreanos. A tensão cresceu também com o episódio da morte do irmão de Kim Jong-un. O ditador acusa os americanos de terem envolvimento com o assassinato.
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