Ao invés de apaziguar os ânimos após a polêmica demissão do diretor do FBI , James Comey , o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a causar polêmica em uma nova postagem no Twitter nesta sexta. "James Comey, é melhor que não haja 'gravações' de nossas conversas antes que elas comecem a vazar para a imprensa", postou o republicano na rede social.
A demissão de James Comey provocou uma onda de protestos, tanto políticos como de membros do FBI. Para muitos, a saída de Comey ordenada por Donald Trump tem a ver com o fato do agora ex-diretor estar investigando a ligação entre a campanha presidencial do republicano e o governo da Rússia.
A "confiança" da agência a Comey foi confirmada pelo líder interino do FBI, Andrew McCabe, durante uma audiência na comissão do Senado que investiga o chamado "Russiagate" nas eleições norte-americanas. "Nunca perdemos a confiança em James Comey, que continua tendo um amplo apoio", disse McCabe.
Leia também: 'Cadeados do amor' de Paris serão leiloados neste sábado para ajudar refugiados
Além da polêmica no mundo político, a demissão foi mal vista por 54% dos norte-americanos que responderam a uma pesquisa da NBC News/Survey Monkey . A maior parte dos entrevistados afirmou que foi "inadequada" a demissão de Comey.
Cancelamento de visita
Em meio ao clima tenso, a Casa Branca desistiu de organizar uma visita do presidente, à sede da agência neste fim de semana, segundo informações da mídia norte-americana nesta sexta-feira (12).
De acordo com as informações de uma fonte à emissora NBC , "a maior parte dos funcionários é fiel a James Comey" e não haveria clima amistoso para a visita do mandatário.
Leia também: EUA aprovam plano para armar curdos sírios contra o Estado Islâmico
Promessa de lealdade
O jornal The New York Times publicou, nesta sexta-feira, que, sete dias após tomar posse como presidente dos EUA, Trump fez um jantar com o então diretor do FBI pedindo que lhe "prometesse lealdade". Segundo fontes contaram ao jornal, Comey prometeu que seria "honesto", mas declinou de prometer lealdade ao novo presidente, dizendo que Donald Trump não era "confiável" no sentido de político pouco convencional.
* Com informações da Agência Ansa.