Ao menos 15 lojas foram saqueadas durante a noite de quinta-feira (13) e a marugada desta sexta-feira (14) no estado venezuelano de Miranda. As informações foram divulgadas pelo governador Henrique Capriles, opositor ao governo de Nicolás Maduro, dois dias após mais de uma dezena de estabelecimentos serem alvos de ataques na Venezuela.

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De acordo com Capriles, padarias, sapatarias, lojas de bebidas, uma fábrica e outros pequenos estabelecimentos foram saqueados na Venezuela . Para o político, os atos foram realizados por "um grupo orquestrado, promovido pelo governo e sem possibilidade de reação". O governador afirmou que estes "atos de vandalismo foram gravados".

Segundo o governo, responsabilidade pelos distúrbios na Venezuela é da oposição
Reprodução/Twitter
Segundo o governo, responsabilidade pelos distúrbios na Venezuela é da oposição

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Capriles criticou ainda a suposta omissão da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, equivalente à Polícia Militar do país), que não teriam feito nada em relação aos saques realizados próximos a seus agentes. Segundo a "AFP", a Guarda Nacional dispersou os manifestantes com gases lacrimogênios. O governo atribuiu a responsabilidade pelos distúrbios à oposição.

Enquanto isso, o opositor afirmou que a Guarda Nacional buscou desvirtuar protestos antigovernamentais nos últimos dias. Segundo ele, os saques, assim como as "atuações repressivas e selvagens" são "ordenados diretamente" pelo ministro de Interior e Justiça, Néstor Reveral, que já acusou Capriles de promover "atos terroristas", em alusão aos ators de violência registrados durantes os últimos protestos.

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"O instável Reverol será acusado em instâncias internacionais e já é investigado pela DEA (Agência de Repressão e Controle de Narcóticos dos Estados Unidos) por vínculos com o narcotráfico", disse Capriles.

Distúrbios em protestos

Na terça-feira (11), ao menos 14 estabelecimentos na Venezuela foram atacados na cidade de Guarenas, após um grupo invadir um shopping da região e saquear os locais. Os protestos pedem eleições e a remoção de sete magistrados do Suprema Corte, a quem acusam de ter efetuado um "golpe de Estado". Os atos completaram duas semanas e já deixaram pelo menos seis mortos, 100 detidos e centenas de feridos, segundo balanço da oposição venezuelana.

* Com informações da Agência Brasil.

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