Ataque dos Estados Unidos a uma base militar síria tem como intenção a retaliação sobre ataques químicos
reprodução/ABC News
Ataque dos Estados Unidos a uma base militar síria tem como intenção a retaliação sobre ataques químicos

A Rússia repudiou fortemente, nesta sexta-feira (7), o bombardeio dos Estados Unidos a uma base militar na Síria. Em contrapartida, a França, a Alemanha e Israel apoiaram a resposta norte-americana. O ataque aconteceu nesta quinta-feira (6) como uma retaliação dos Estados Unidos ao ataque químico do governo de Bashar al-Assad, na Síria , que resultou na morte de 86 pessoas, entre elas 26 crianças.

"Na última terça-feira, o ditador sírio Bashar al-Assad, lançou um terrível ataque químico em Khan Sheikhoun, matando inocentes, entre eles, crianças indefesas e pequenos bebês", disse o presidente Donald Trump. "É um interesse vital dos Estados Unidos coibir o uso de ataques químicos brutais como esse", completou.

Putin disse que o lançamento dos mísseis representa
Presidência da Rússia
Putin disse que o lançamento dos mísseis representa "um golpe nas relações da Rússia com os EUA"

Em comunicado, o presidente russo, Vladmir Putin, disse que o lançamento dos mísseis agrediu um estado soberano e isso representa "um golpe nas relações da Rússia com os EUA".

O Kremlin reforçou que os EUA terão consequências negativas porque violaram normas do direito internacional. O país já pediu pediu uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

A França e Alemanha afirmaram, em comunicado conjunto, que o presidente sírio, Bashar Al Assad, tem plena responsabilidade pelos ataques dos Estados Unidos à base militar do governo sírio.

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O primeiro-ministro de Israel também apoiou. Benjamin Netanyahu afirmou que o estado israelense está plenamente de acordo com a decisão de Donald Trump.

França e Alemanha afirmaram que o presidente sírio tem plena responsabilidade pelos ataques do EUA
Élysée/ Présidence de la République Française
França e Alemanha afirmaram que o presidente sírio tem plena responsabilidade pelos ataques do EUA

Outros países que apoiaram o bombardeio foram o Japão, a Turquia, o Reino Unido e a Arábia Saudita. A China e o Irã afirmaram que não apoiam a medida norte-americana. O governo brasileiro ainda não chegou a se pronunciar a respeito do ataque.

Pedido de união

Na noite dessa quinta-feira (6), Donald Trump fez um pronunciamento, após o anúncio do ataque, e conclamou os países que se unam aos EUA para lutar contra o que chamou de derramamento de sangue inocente na Siria.

Ao falar do ataque, Trump lembrou que as armas químicas estão proibidas segundo resolução das Nações Unidas. Os mísseis lançados são a primeira ação militar direta do governo norte-americano sobre a Síria.

O lançamento dos misseís ocorreu em meio a uma agenda internacional de Donald Trump, após jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, na Flórida. Os dois presidentes estarão reunidos até o fim da tarde desta sexta-feira.

Terceira Guerra

Nas redes sociais, o assunto amanheceu sendo um dos mais comentados. No Twitter, os termos "EUA e Rússia" e "Terceira Guerra Mundial" configuram entre os mais citados, entrando na lista dos Trending Topics (TTs).

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Os Estados Unidos, no entanto, garantem que o ataque à Síria é uma ação pontual e não tem como intenção abrir uma série de bombardeios, ou seja, começar uma Terceira Guerra Mundial, como sugerem os internautas.

* Com informações da Agência Brasil.

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