A passagem do ciclone "Debbie", com ventos de 260 km/h, causou estragos e pânico no estado de Queensland, no nordeste da Austrália. Mas, o desastre natural também gerou imagens inusitadas aos moradores do local.
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Philip Calder, um jornalista que cobria o fenômeno natural para a emissora de TV "Win News", fotografou um tubarão morto e coberto de lama em uma rua da cidade de Ayr, um dos locais afetados pelas enchentes provocadas pelo ciclone na Austrália .
Segundo Calder, o tubarão virou o centro das atenções, sendo o principal tema nas rodas de conversas na cidade, e muitas pessoas se aproximaram para tocá-lo. O "Debbie" perdeu força após tocar a terra firme, na última terça-feira (28).
Apesar dos danos, das árvores caídas e das ruas bloqueadas, ninguém morreu por causa do fenômeno. Contudo, plantações de cana-de-açúcar, vitais para a economia local, foram destruídas, e os agricultores ainda avaliam a extensão dos prejuízos.
Além disso, existe preocupação quanto aos impactos do "Debbie" na Grande Barreira de Coral, que fica na costa de Queensland e cuja parte sul foi atingida pelo ciclone.
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Passagem do ciclone
O ciclone “Debbie” passou pelo nordeste do país, atingindo o chão próximo ao litoral do estado de Queensland, com ventos de até 263 Km/h e chuvas pesadas. Mais de 25 mil pessoas tiveram que deixar suas casas durante a passagem do fenômeno natural e as escolas da região foram fechadas.
A tempestade de categoria quatro deixou pelo menos 23 mil casas sem energia. Já tendo passado pelo popular destino turístico das Ilhas Whitsunday, o ciclone foi perdendo força gradualmente e se enfraqueceu.
Os moradores foram instruídos a ficar dentro de casa, enquanto o Facebook iniciou uma “verificação de segurança” para que os usuários se classificassem como seguros durante a passagem do ciclone.
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O comissário de polícia de Queensland, Ian Stewart, disse que o ritmo glacial do ciclone criou um "efeito atirador", com algumas áreas resistindo aos ventos uivantes e chuvas por um tempo punitivamente longo. As comunidades ao longo de mais 300 quilômetros do litoral estavam esperando ser impactadas
O presidente do Conselho Regional de Whitsundays da Austrália, Andrew Willcox, disse que as autoridades receberam 98 pedidos de ajuda e responderam à maioria deles.